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Renúncia de Nhancale reúne consenso dos munícipes

Por admin

Alguns residentes do Município da Matola são de opinião que a renúncia de Arão Nhancale da presidência do Conselho Municipal pode servir de lufada de ar fresco no que concerne à solução dos

 inúmeros desafios com que se debatem, entre eles, a problemática das vias de acesso, recolha de resíduos sólidos, abastecimento de água potável, ordenamento territorial, transportes, entre outros.

 

A resignação de Arão Nhancale surge numa altura em que falta pouco menos de seis meses para o fim do presente mandato, pelo que não haverá espaço para uma eleição intercalar, razão pela qual foi substituído interinamente pelo presidente da Assembleia Municipal, António Mathlava.

Nhancale, que justificou a sua renúncia como sendo “por razões de força maior”, deixou a presidência daquele município numa altura em que já não nutria simpatia dos membros do Comité da Frelimo na cidade da Matola, partido que suportou a sua candidatura.

Recorde-se que para manifestar o seu desagrado com a liderança de Nhancale, o Comité da Cidade da Matola chegou a aprovar uma moção de censura alegadamente pelo fraco desempenho deste.

Sabe-se que a moção fora aprovada na véspera da passagem por aquela autarquia do Secretário-Geral da Frelimo, Filipe Paunde, que, comentando a situação, considerou que, não tendo efeitos suspensivos, “a moção não era bom sinal para o edil da Matola”.

De referir que mesmo após a aprovação da moção reprovando a governação de Nhancale, a Assembleia Municipal anuiu por unanimidade o relatório de actividades da edilidade, cujo desempenho foi considerado positivo.

 

RENUNCIAR É NORMAL NUMA DEMOCRACIA

Alguns vereadores ouvidos pelo nosso jornal consideram a renúncia de Arão Nhancale um procedimento normal em processos democráticos razão pela qual não deve haver motivos de alarme.

Berta Emelina José, Vereadora para a Área de Mercados, Feiras, Desenvolvimento, Saneamento e Água, disse que o edil sai de cabeça erguida em virtude de ter cumprido com as promessas eleitorais.

Segundo afirmou, em razão disso, o edil interino só irá se ocupar da elaboração dos relatórios do mandato prestes a findar. “Daquilo que havia prometido e planificado não ficou nada por fazer de tal forma que nos seis meses que faltam apenas estaremos empenhados na elaboração do balanço do nosso desempenho de modo a preparar melhor as eleições de 20 de Novembro próximo”.  

Para João Zunguze, Vereador da Polícia Municipal, a renúncia é sinal de que o Conselho Municipal precisava de imprimir uma nova dinâmica na sua gestão, pese embora Arão Nhancale tenha cumprido com o manifesto eleitoral.

“Estamos perante uma situação de uma equipa que mudou de treinador, não interessam as razões, o importante é que estou aberto para continuar a jogar se for mantido, porque o objectivo é melhorar as condições dos munícipes”,disse Zunguze.

Por seu turno, Élio Langa, Vereador da Juventude, Cultura e Desporto, classificou o gesto de Nhancale como um acto de coragem e patriótico tendo em vista a melhoria das condições de vida dos munícipes.

No entanto, ressalvou que a resignação não deixa de ser um abalo em virtude de acontecer a escassos meses do fim do mandato. “Numa família quando o líder se ausenta ou fica sem condições de assumir os destinos os membros ficam abalados, contudo tenho a consciência de que com o novo timoneiro temos que levar o barco avante e superar os desafios que nos serão colocados.”

 

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