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Renamo exige prorrogação do censo

Por admin

Fernando Matouassanga, deputado e membro do Conselho Nacional da Renamo, convocou, esta quarta-feira, uma conferência de imprensa para denunciar a paralisação do recenseamento nas regiões sob forte influência do seu partido e de outras irregularidades constatadas pelos cinco deputados que integravam algumas brigadas que visitaram os distritos.

Conforme refere o Newsletter da AWEPA e CIP , num artigo assinado por Joseph Hanlon, a Renamo considera tratar-se de uma situação planificada e por isso insiste na necessidade de prorrogação do período de recenseamento. Nas suas alegacões o deputado acima referido , o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) terá recebido instruções, por parte do governo da Frelimo, para sabotar o recenseamento nas zonas de maior influência da Renamo.
Matouassanga fez tal acusação depois de uma visita de 15 dias, realizada na  província de Nampula por deputados da Assembleia da República, no âmbito do acompanhamento do processo de recenseamento eleitoral.
Aquele parlamentar citou, à título de exemplo, as zonas de Jabir, no distrito de Meconta; Grácio, Tinua e Namahia (Muecate); Tapuane (Nacarôa); e Tutua e Cavira (Monapo) que outrora serviam de bases da Renamo e cujo processo de recenseamento se encontra paralisado, alegadamente, por falta de materiais e de energia elétrica.
De acordo com Fernando Matouassanga, muitos supervisores abandonaram os postos de recenseamento, com casos mais gritantes nos distritos de Moma, Mossuril, Monapo, Eráti e Malema.
Em Nampula, os responsáveis do STAE não confiram a paralisação do recenseamento em qualquer ponto daquela província, mas reconhecem existência de problemas, derivados sobretudo das avarias sistemáticas dos equipamentos informáticos, fraca capacidade de abastecimento do combustível, entre outras irregularidades. 
Aliás, o Presidente da República de Moçambique, Armando Emílio Guebuza apelou esta semana, em Nampula, aos órgãos eleitorais, no sentido de acelerarem a recuperação de todas as máquinas inoperacionais. “O nosso Governo gastou muito para que este trabalho fosse feito. Sabemos que o secretariado técnico eleitoral trabalhou para organizar todo o processo, mas, infelizmente, algumas máquinas insistem em não funcionar. Este problema deve ser resolvido, as máquinas foram pagas e têm de funcionar,” observou Guebuza, durante um comício popular realizado na terça-feira no bairro de Namicopo, arredores da cidade de Nampula.
Entretanto, quando questionado sobre a possibilidade da prorrogação do período de recenseamento, o Director -Geral do STAE, Felisberto Naife, afirmou nesta quinta-feira, que a Renamo ainda não remeteu nenhuma solicitação nesse sentido e mesmo que o faça será de difícil enquadramento, porque pode comprometer as etapas subsequentes do calendário eleitoral. 
Cartões de eleitores sem impressões digitais
Há falta de impressões digitais em alguns cartões emitidos pelo pessoal do STAE ao nível da província de província de Nampula, segundo denuncia igualmente apresentada Fernando Matouassanga. Ele alega que isto tem-se registado com muitos cartões de eleitores.
A fonte denunciou, igualmente, o uso de carimbos com dizeres referentes as "Eleições Autárquicas". A propósito o chefe de operações do STAE em Nampula, afirmou que não se pode usar carimbo das eleições de 2013, o STAE esta a par desta situação e que a mesma será corrigida de imediato, não explicitando como será feito.
Censo no estrangeiroO recenseamento eleitoral decorreu no estrangeiro de 16 de Março a 14 de Abril do corrente ano, em países de África e Europa. Moçambicanos que vivem fora do país gozam do direito de se recensear e votar nas representações diplomáticas de Moçambique.

Recorde-se que nas últimas eleições gerais, em 2009, pelo menos 60.429 moçambicanos foram registados em nove países para onde se estendeu o processo. Este ano foram recenseados 74.148 potenciais eleitores na seguinte proporção: África do Sul – 43.348; Tanzânia – 8477; Zimbabwe – 7509
; Malawi – 6528; Suazilândia – 4064; Zâmbia – 2001; Quênia – 693; Portugal – 1199 ; Alemanha – 525.

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