O jurista Carlos Jeque entende as ameaças da Renamo como um refúgio a derrota antecipada que poderá sofrer caso participe nestas eleições em virtude de nunca ter se dado tempo para se
organizar e definir as estratégias para alcançar o poder.
“Estas persistentes ameaças escondem a incapacidade de Afonso Dhlakama de liderar o partido num sistema democrático. Sabendo ele que a participação deste partido traz uma outra dinâmica aos processos eleitorais, ele continua a pretender algumas vantagens quer financeiras, assim como eleitorais a custa de intimidações”,disse Carlos Jeque
Segundo afirmou, o método não é novo, sendo que a diferença é que desta vez pegou-se na lei eleitoral para justificar a falta de organização e objectivos concretos que possam tornar a perdiz numa alternativa à governação da Frelimo.
“O problema é que a Renamo nunca se predispôs a fazer uma análise estrutural dos seus adversários para que nas eleições seguintes pudesse fazer um discurso convincente com possibilidades de vir a granjear simpatia por parte dos eleitores”,disse Carlos Jeque para quem este processo vem se repetindo desde as primeiras eleições de 1994 que marcaram o início da democracia multipartidária.
Para a nossa fonte sempre caíram por terra as reivindicações segundo as quais as eleições sempre foram fraudulentas, uma vez que nunca houve uma sustentação credível das alegadas fraudes.
“As reivindicações que sustentassem a viciação do escrutínio nunca foram sustentadas, ou seja, eles (a Renamo) não conseguiram convencer os próprios órgãos eleitorais, a comunidade internacional, assim como o próprio povo, razão pela qual o seu líder vendo que está cada vez mais a afundar-se não tem outra alternativa a não ser retomar a sua génese de partido belicista”,afirmou Carlos Jeque sublinhando que o problema deste partido esta na actual liderança.
