O Primeiro-ministro (PM), Alberto Vaquina, instou a “comissão tripartida”, nomeadamente, o Ministério da Saúde, empreiteiro e os financiadores, a ultrapassar urgentemente os obstáculos que
emperram a conclusão das obras do Hospital Provincial de Maputo, em curso na Matola “C”. Ontem, Vaquina trabalhou no Município da Manhiça, onde para além de tomar parte nas celebrações do Dia Internacional da Criança, orientou um comício popular no Posto Administrativo da Ilha Josina Machel.
As obras do Hospital Provincial de Maputo (HPM), cujo custo total é sete milhões de dólares disponibilizados pelo Governo e parceiros, iniciaram em 2008 e tinham como prazo de conclusão o mês de Março de 2011. Mas até hoje nem água vai nem água vem o que deixou agastado Alberto Vaquina que na última sexta-feira esteve lá para se inteirar do decurso das mesmas.
Alberto Vaquina, que visitou demoradamente aquele empreendimento no âmbito do acompanhamento do grau de implementação do Programa Quinquenal do Governo, Plano Económico e Social 2013 e Plano de Acção para a Redução da Pobreza, mostrou-se agastado com a demora da conclusão das obras.
Para ele, dada a demora na conclusão, urge reunir as três entidades referidas acima para se encontrar uma forma de ultrapassar as dificuldades da execução das obras, entre elas, o atraso no desembolso dos fundos e fraca capacidade do empreiteiro.
Em razão disso, o empreendimento já sofreu várias interrupções e a última dura há cerca de dois anos.
Agastado com a situação, Vaquina procurou saber dos motivos que atrasam a sua conclusão das obras do HPM ao que Titos Mondlane, responsável de infras-estruturas no Ministério da Saúde (MISAU) explicou que as mesmas não avançaram ao ritmo desejado devido à combinação de vários factores, entre eles, a exiguidade dos fundos e as fragilidades financeiras do empreiteiro.
“Essencialmente, as obras não andam ao ritmo desejado, devido ao fraco desempenho do empreiteiro que de algum tempo a esta parte começou a denotar incapacidade na sua execução”, assim reagiu Titos Mondlane, quando questionado sobre a morosidade na conclusão das obras.
Acrescentou que o outro aspecto relaciona-se com as dificuldades financeiras que os financiadores começaram a denotar a dado momento do decurso das mesmas, bem como as alterações técnicas feitas ao projecto inicial.
Em reacção a estas explicações, Alberto Vaquina afirmou que não se pode constantemente estender os prazos de execução sobre o risco de se perder a confiança entre a “comissão tripartida”.
Na ocasião, orientou o fiscal das obras a encetar demarches no sentido de nos próximos tempos encontrar-se uma solução para que as obras sejam concluídas ainda no decurso do presente ano.
“Não podemos constantemente estender os prazos sob o risco de se perder confiança entre os seus executores, os donos e os financiadores, pelo que urge encontrar soluções para que a breve trecho voltemos a ter as máquinas a operar para a execução plena deste empreendimento,”apelou Alberto Vaquina.
Entre vários aspectos, as obras compreendem quatro blocos de enfermaria com capacidade para cinquenta camas cada, um bloco operatório, maternidade com três salas de parto, cozinha, lavandaria, morgue, entre outros compartimentos.
DESEMPENHO ECONÓMICO ENCORAJADOR
Entretanto, Alberto Vaquina mostrou-se satisfeito com os níveis de crescimento económico da província num balanço apresentado pela governadora da província, Marias Jonas.
Maria Jonas referiu no seu informe que a província registou, só no primeiro semestre do ano em curso, uma produção global de 59,7 mil milhões de meticais, o que representa cerca de 33 por cento de realização do previsto.
Em relação à produção agrícola, explicou que atingiu-se 699,8 mil toneladas de culturas diversas, o que corresponde a 11 por cento de realização, representando 1,3 por cento de crescimento.
Quanto à produção pecuária, destacou a carne de frango, cujos números apontam para uma realização de 15,4 por cento e um crescimento de mais de 100 por cento, tendo atingido cinco mil e 400 toneladas.
Num outro momento, Maria Jonas falou sobre as obras da construção da estrada circular de Maputo, tendo incidido sobre o distrito de Marracune, onde foram abrangidas 261 famílias incluindo infras-estruturas sociais e económicas.
A este propósito referiu que 156 famílias, o correspondente a 59,8 por cento, foram reassentadas no parcelamento da Riopele, no distrito de Marracune, e que 105 serão transferidas para a zona do Intaka, no Município da Matola ainda no decurso do mês em curso.
Domingos Nhaúle
Fotos de Jerónimo Muianga