Política

Presidente da República quer mais empresas licenciadas

O Presidente da República, Armando Emílio Guebuza, disse que o burocratismo afasta empregos, mina o desenvolvimento do país e desafiou os Balcões de Atendimento Único (BAU) a acelerarem o processo de licenciamento das empresas.

O estadista moçambicano, que falava na Sessão Extraordinária do Governo da Cidade de Maputo, no âmbito da Presidência Aberta e Inclusiva na capital moçambicana, sublinhou que o combate ao burocratismo tem o mérito de acelerar a actividade económica, promovendo maior oferta de empregos e mais impostos cobrados.

Guebuza ressalvou, entretanto, que algum trabalho está sendo feito na luta contra este mal, tendo saudado o Governo da Cidade de Maputo pelos resultados que apresentou referentes a receitas de vária índole. “Mas pode-se fazer mais”, frisou.

Na ocasião, o estadista saudou o Executivo da capital moçambicana pelo facto de continuar empenhado na agenda nacional de luta contra a pobreza e pelas realizações que conseguiu no combate às calamidades naturais.

O facto de episódios de cólera já não serem reportados desde 2011 foi igualmente saudado pelo Chefe do Estado, que encorajou a sociedade moçambicana a melhorar a sua atitude em matéria atinente ao saneamento, “que deve começar em casa”, apontou.

No primeiro dia de visita à capital moçambicana, Guebuza visitou a feira de emprego na Praça da Paz e presidiu uma Sessão Extraordinária do Conselho Municipal alargada a outros quadros.

Ontem o estadista moçambicano orientou comício popular no distrito municipal KaNyaka e orientou uma sessão extraordinária do Conselho Consultivo Distrital alargada a outros quadros.

“MAPUTO CRESCEU”

Lucília Hama, governadora da cidade de Maputo, disse que em 2005 foi cobrada uma receita no valor de 102 710,38 meticais, contra 227 839, 51 meticais cobrados em 2013, o que corresponde a um crescimento de 121 por cento.

De acordo com a governante, de 2005 a 2013, a execução da despesa na capital moçambicana cresceu em 378,5 por cento. Durante este período, a cidade de Maputo contribuiu, em média, com 18,68 para o Produto Interno Bruto (PIB) do país.

Lucília Hama disse ao Presidente da República que o impacto dos sete milhões pode resumiu-se na criação de 1 698 postos de emprego e, em paralelo, o Programa de Redução da Pobreza Urbana (PERPU) gerou dois mil e 366 empregos mediante alocação de  62.214, 000 meticais, que permitiram o financiamento de  740 projectos . 

A governadora da cidade de Maputo informou ao Chefe do Estado que em 2005, existiam 94 unidades industriais e 1 034 unidades comerciais licenciadas, tendo passado, em 2013 para 1 906 unidades industriais e 156 837 comerciais.

Deste modo, a expansão da rede da indústria e comércio fomentou, em 2005, a criação de 758 postos de trabalho, passando até 2013 para 12 186 postos de trabalho, o que reduziu os níveis de desemprego na cidade de Maputo.

Falando sobre os desafios da capital moçambicana, Lucília Hama salientou a necessidade de colocação de mais técnicos qualificados nos distritos municipais, especificamente em KaTembe e KaNyaka.

O Presidente da República termina hoje uma visita de três dias à capital do país . Acompanhado por membros do seu Executivo, visita hoje obras da circular de Maputo.

Bento Venâncio

 

Fotos de Alfredo Mueche

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