Política

PRESIDENTE CHISSANO RESPONDE AO G30!

Em grande entrevista, concedida ao canal privado de televisão STV e ao Jornal O País, o Presidente Joaquim Chissano responde ao G30, que insiste em querer ver a Frelimo “partida” em alas.

 Não que a resposta fosse específica a esse grupo mas serve, recorde-se que de acordo com o escritor Eduardo White são parte do G30 Jornalistas como Fernando Lima, Fernando Veloso, Machado da Graça etc. que defendem e apoiam de forma incondicional a Renamo e o MDM, esses senhores encontram explicação para actos bárbaros cometidos pela Renamo e tudo fazem para responsabilizar o Governo; o trunfo deste grupo é a velha máxima de “dividir para reinar”, dizem que Dra. Luísa Diogo é melhor que o Dr. Alberto Vaquina, dizem que Chissano e Guebuza estão entrincheirados em alas na Frelimo, que , que que …

O Jovem Jornalista Arsénio Henriques questiona ao Presidente Chissano se concorda que existem alas na Frelimo, e responde nos termos seguintes “pode ser que haja alas, mas é bom que não se pense que eu faço parte delas. E devo dizer que não existe nenhuma animosidade entre Chissano e o Presidente Guebuza para se formar alas. Sou um indivíduo que se dirige à reflexão sobre as matérias, dos assuntos e não sobre grupos”, penso que esta resposta é cabal e contundente. Na mesma entrevista, o Presidente Chissano traz à reflexão assuntos de actualidade e de capital importância ao país, caso para dizer, obrigado Presidente Chissano por ter concedido esta entrevista ao Arsénio.

Um dos assuntos de actualidade que Chissano aborda relaciona-se com os desafios do futuro Presidente da República, mostrando, de forma clara e inequívoca que, afinal existem reflexões internas sobre o futuro do país. A esse propósito Chissano diz “vai ter que enfrentar as novas situações de um mundo com grandes diversidades e transformações. Há grandes exigências que o povo tem, porque cresceu em mentalidade e em conhecimento. Hoje, temos 40 Universidades e formamos gente com diversidade de pensamento. É preciso aglutinar todos esses pensamentos. Qualquer Presidente que vier terá essa grande tarefa. O Chefe de Estado vai servir mais como um aglutinador, um símbolo da unidade nacional e da justiça.” Neste particular e, porque a Frelimo acaba de eleger o seu candidato às eleições de 15 de Outubro, Chissano sentenceia “eu dou a minha confiança ao Nyusi. O que ele precisa é exactamente o que eu também precisei quando fui escolhido para Presidente, depois da morte do Presidente Samora. É o apoio de todos os militantes, quadros e de todo o povo para levar a cabo as suas tarefas”.

Nesta entrevista, o Presidente Chissano assume como sendo “erro” seu a não desmilitarização da Renamo, diz ter reunido com Afonso Dhlakama em lugares “neutros” porque Dhlakama não reconhecia a instituição Presidência da República, porque queria manter a paz; Chissano sujeitou-se a esses “caprichos” de Dhlakama, recorde-se que, aquando da ida a Gorongoza, Satunjira, Afonso Dhlakama disse que o Presidente Armando Guebuza iria falar com ele lá, por baixo das arvores, essa afirmação era uma espécie de saudosismo do tempo de Presidente Chissano. A este propósito, o próprio Chissano chama atenção que “não vamos confundir uma época em que estávamos numa transição e que era preciso construir uma base de confiança e institucionalizar-se que um líder de um partido é igual a um Chefe de Estado. Isso tem de acabar completamente e o Presidente Guebuza tem razão para dizer que o encontro tem de ser na sede” para mais adiante reafirmar que “o tempo que passou é suficiente para a Renamo compreender que há diferença entre um Chefe de Estado, que é símbolo da nação, e um dirigente de um partido político”.

Esta entrevista, constitui, na minha opinião, uma grande clarificação daquilo que é a posição dos membros seniores e fundadores do partido Frelimo em relação aos estágios actuais da vida social e económica de Moçambique. Acredito que os agitadores vão ler com algum desgosto porque, queriam ouvir aquilo que pudesse ajudá-los a “turvar as águas” para tirar de lá o peixe. Na minha opinião essas pessoas são as que continuam a encontrar espaço de “rotura e emergência de independentes” saídos do Partido Frelimo; essas pessoas, claramente, não pretendem o bem da Frelimo, querem o fim do bem servir a sociedade. Convenhamos, a Frelimo tem estado a cometer erros no processo de governação mas, sejamos sérios, é o partido que garante a manutenção da unidade nacional, da soberania entanto que estado e racional distribuição da riqueza nacional. Aliás, para quê me alongar se o Chefe disse tudo, simplesmente agradecer ao Presidente Chissano, a STV e o País e ao jornalista Arsénio Henriques por nos terem trazido este trabalho, só unidos venceremos os inimigos da actualidade, só unidos faremos das nossas riquezas o motor do desenvolvimento, espero que o G30 encontre outros discursos em face de provável reaparecimento do líder da Renamo e encontre espaço para os dois.

PS: De um Semanário local foi-nos servido a pronto a opinião do Sr. André Thomashausen que conclui “Guebuza viola a Constituição e as FADM cometem crimes contra a humanidade”. Trata-se de um jogo de antecipação, esse senhor, em nenhum momento propõe a fórmula mágica de se parar com os ataques dos homens armados da Renamo, não conclui, com recurso a mesma constituição sobre se a Renamo é ou não Partido político em face dos actos que comete, não nos diz, o referido Dr. se as acções armadas da Renamo estão previstas na constituição, tudo na tentativa de branquear os factos. É um Dr. com palas enormes, como referi no texto, faz parte da estratégia do G30. Que pena.  

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