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“O país não se constrói com murmúrios”

Por admin

O Secretário-geral da Frelimo, Eliseu Machava, de visita de trabalho à província de Maputo, defendeu a necessidade de a população pautar pela cultura de trabalho, coesão e unidade nacional tendo em vista a construção de um Moçambique próspero.

 Segundo afirmou, construir o país não se compadece com murmúrios, insultos, intrigas, boatos e muito menos com preguiçosos, mas sim com trabalho árduo em que cada cidadão é chamado a fazer a sua parte.

Eliseu Machava, que falava na última quinta-feira, num comício popular no povoado de Chinonaquila, distrito de Boane, província de Maputo, apelou à população a não se deixar levar por aqueles que a todo custo tentam fomentar intrigas e dividir o maravilhoso povo moçambicano.

No seu entender, tais pessoas são saudosistas do colonialismo português e por estas alturas, que vão 38 anos da independência nacional, não irão lograr os seus intentos, porque os moçambicanos são pela paz e unidade nacional.

Sublinhou que o contexto em que o país vive, que é conturbado e de muita agitação, é preciso não perder de vista os objectivos que levaram à geração de 25 de Setembro a pegar em armas para expulsar o colonialismo português.

“A mensagem principal que gostaria de deixar é a de que temos que continuar a construir o país e essa tarefa não é fácil. Neste processo, não faltarão os preguiçosos, quer dizer, aqueles que se limitarão apenas a falar e a criticar os que têm envidado esforços para elevar bem alto o nome de Moçambique”,disse Eliseu Machava, apelando à cultura de trabalho.      

Para o secretário-geral da Frelimo, cada moçambicano deve ter em mente que uma nação não se constrói de noite para o dia e que as dificuldades do momento devem ser encaradas como uma etapa rumo ao desenvolvimento.

Sublinhou que os moçambicanos não se podem deixar levar por aqueles que os pretendem dividir para tirar proveito da riqueza que o país está a conhecer, fruto da descoberta de recursos naturais.

No seu entender, cada cidadão deve tirar ganhos desses recursos entregando-se arduamente ao trabalho, tendo na sua mente que isso só será possível com a união de todos em torno dos mesmos objectivos.

Durante a sua intervenção, de cerca de 45 minutos, Eliseu Machava foi aplaudido inúmeras vezes pela população, que ouvia atentamente o seu discurso de improviso, mas que fez recuar ou lembrar os primeiros comícios após a proclamação da independência nacional.

É que ninguém arredou pé e todos os presentes, entre militantes, simpatizantes da Frelimo, curiosos e população em geral receberam com agrado as palavras de Machava, que eram intercaladas com algumas canções retratando o quotidiano das pessoas.

Por exemplo, um dos cânticos que emocionou a plateia e que foi interpretado em língua local, dizia que “lawa va muzondhaka tshuwukani matisho mitawa wona”, o que traduzido literalmente quer dizer: “para conhecer quem vos odeia, é só abrir os olhos, vão vê-los”.

O Secretário-geral da Frelimo apelou igualmente à população para distanciar-se daqueles que tentam distraí-la disseminando mensagens de divisionismo e ou promessas falsas.

Neste contexto, aquele dirigente afirmou que tais pessoas se assemelham àquele cidadão que para conquistar uma namorada promete levá-la à machamba todos os dias de carro, quando, na verdade, nem sequer tem uma bicicleta.

Para Machava, tudo isso não passa de uma paranóia, pois, para se vencer, é preciso desencadear algum trabalho e cultivar no seio familiar a cultura de paz e harmonia social.

“Se falarmos da paz, não podemos olhar para muito longe. Temos de começar nas nossas próprias famílias, nos nossos bairros, pois se assim for ninguém poderá nos dividir”,observou Machava, apelando ao respeito mútuo.

AFINAR A “MÁQUINA” PARTIDÁRIA

Para além do comício popular, Eliseu Machava reuniu-se com as organizações sociais do seu partido, nomeadamente, Associação dos Combatentes da Luta de Libertação Nacional, Organização da Mulher Moçambicana, Organização da Juventude Moçambicana, entre outros quadros da Frelimo, tendo como objectivo a preparação das eleições que se avizinham.

Nesses encontros, a tónica principal foi uma chamada de atenção para a necessidade de uma coesão entre os militantes do partido para uma participação condigna nas eleições presidenciais, legislativas e das assembleias provinciais de 15 de Outubro próximo.

Machava anotou que a Frelimo é um partido organizado e possui directivas de trabalho, estatutos e programa próprios. “Portanto, já existem instrumentos de trabalho e o que nos interessa é a sua operacionalização para vencer as eleições que se avizinham.”

Solicitado a pronunciar-se sobre os primeiros dias em que está à frente da gestão do partido, lembrou que já foi membro do secretariado do Comité Central e responsável pela área da Organização.

“Tenho lá camaradas que já vinham trabalhando. Eles vão participando comigo na integração, mas não se esqueçam que saí daquela casa. Interessa-me ver que tenho elementos de trabalho, tomando em conta que o programa que nós temos este ano exige novas formas de estar e de como nos organizarmos para avançar”,disse Eliseu Machava.

A visita do Secretário-geral do Partido Frelimo à província de Maputo é a primeira que realiza nesta qualidade, desde que foi eleito para o cargo, no encerramento da III Sessão Ordinária do Comité Central.

Eliseu Machava escalou sucessivamente a cidade da Matola e os distritos de Boane e Manhiça, onde se reuniu com os militantes, órgãos do partido, diferentes grupos sociais e com a população em geral para transmitir as decisões do X Congresso, bem como as orientações saídas da III Sessão Ordinária do Comité Central.

Já estamos a divulgar a imagem de Filipe Nyusi

– Zeferino Cavele, primeiro-secretário provincial

Um informe apresentado na circunstância pelo primeiro-secretário do Comité Provincial de Maputo, Zeferino Cavele, refere que a visita do secretário-geral da Frelimo tem lugar num momento em que os quadros, militantes e simpatizantes estão empenhados na divulgação da imagem do seu candidato Filipe Nyusi.

Zeferino Cavele disse ainda que entre outras actividades, a sua direcção está a divulgar as realizações do Governo e a intensificar os preparativos das eleições presidenciais, legislativas e das assembleias provinciais, mobilizando as populações para afluírem em massa ao recenseamento eleitoral.

Segundo o informe, lamentavelmente a visita acontece numa altura em que parte da população da província está a atravessar momentos difíceis decorrentes das inundações e cheias que provocaram a morte de um cidadão libanês, desalojaram 151 famílias e inundaram cerca de oito mil hectares de campos agrícolas, entre os quais a destruição parcial de dois regadios no distrito da Moamba, com cerca de mil hectares, mais de 15 motobombas, entre outros prejuízos.

A vitória dos nossos candidatos é certa

– Elcina Marindze, da OMM

Elcina Marindze, Secretária Provincial da Organização da Mulher Moçambicana (OMM), garantiu que as mulheres filiadas ao partido Frelimo já estão a trabalhar no sentido de garantir a vitória de Filipe Nyusi nas eleições presidenciais de 15 de Outubro próximo, bem como dos candidatos a deputados da Assembleia da República e a membros das assembleias provinciais.

Segundo afirmou, neste momento a OMM, ao nível da província de Maputo, conta com um total de 34 mil e 200 mulheres distribuídas em todos os distritos, sensibilizando o eleitorado a apostar nos candidatos desta formação política.

“Estamos a sensibilizar de uma forma didáctica os eleitores a afluírem em massa aos postos de recenseamento eleitoral para obterem o cartão do eleitor, de modo a votarem nos nossos candidatos no dia das eleições. Estamos convictos da vitória, porque temos obra feita”,disse Elcina Marindze, apelando à população a pautar por uma cultura de paz, coesão e unidade nacional.

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