Os governos de Moçambique e Botswana manifestaram, esta tarde em Maputo, a vontade de incrementar a cooperação nos vários domínios, com destaque para as áreas da Agricultura, Infraestruturas, Aviação, Energia, Transportes e Turismo.
Com efeito, o Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi manteve conversações com o seu homólogo twana, Mokgweetsi Masisi que culminaram com a assinatura de dois instrumentos jurídicos que nortearão a cooperação, nomeadamente, Acordo para a Cooperação de Serviços Aéreos e para o sector de Arte e Cultura.
O ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique, José Pacheco, afirmou que as relações entre os dois países eram frutíferas e que em Novembro vai se realizar uma reunião interministerial.
A reunião visa preparar a cimeira dos dois Chefes de Estado, cujo topo da agenda será a viabilização do projecto do Porto de Águas Profundas em Techobanine, na província de Maputo.
O projecto de Techobanine inclui a construção de uma linha férrea de mais de 1700 quilómetros, para facilitar as trocas comerciais entre os países envolvidos no empreendimento.
Outra iniciativa que se espera que ganhe novo ímpeto é a translocação de cerca de 500 elefantes para o repovoamento dos parques nacionais, sobretudo, o do Zinave, em Inhambane, com o objectivo de incrementar o turismo cinegético.
Unity Dow, ministra de Relações Internacionais do Botswana disse que o seu país considera Moçambique um parceiro estratégico para a cooperação nos vários domínios tendo frisado que estão em curso démarches para que até próximo ano se viabilize a ligação aérea directa entre os dois países, com as operações a serem asseguradas pela Air Bostwana.
Segundo explicou, o Botswana acaba de adquirir novas aeronaves e parte delas serão usadas para voar para Moçambique, por se tratar, segundo ela, de uma porta de entrada e saída para vários cantos do mundo.
Entretanto, ainda hoje, Mokgweetsi visitou a Central do Ciclo Combinado de Maputo e o Porto de Maputo. Amanhã, o estadista tswana vai sobrevoar a zona de Techobanine, para depois visitar o parlamento moçambicano.