Início » Moçambique compra mais acções da HCB

Moçambique compra mais acções da HCB

Por admin

Moçambique passou, a partir de terça-feira última, a deter 92.5 por cento de acções da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), ao abrigo de um acordo rubricado entre 

governos de Moçambique e Portugal, testemunhado pelos ministros da Energia de Moçambique, Salvador Namburete e de Economia e Emprego de Portugal, Álvaro Santos Pereira.

O processo da reversão da Hidroeléctrica de Cahora Bassa(HCB), situada sobre o rio Zambeze, chegou ao seu fim na semana finda com a compra dos 7.5 por cento das acções que ainda estavam na posse do Governo português. Para aquisição desta percentagem, o Governo recorreu à banca nacional.

O acordo rubricado na última terça feira é o culminar de um processo de negociações que arrastou décadas para a sua concretização e acontece quando a HCB se prepara para assinalar a passagem dos cinco anos de gestão maioritariamente moçambicana. 

Governos de Moçambique e Portugal referem que com a conclusão deste novo processo inicia-se uma nova etapa de relações entre os dois países que consistirá na cooperação na área empresarial e formação profissional.

O Ministro da Energia, Salvador Namburete, fazendo a apreciação do processo, lembrou que quando o Governo moçambicano mostrou a intenção de ter maior participação na estrutura accionista da HCB a preocupação do povo era se efectivamente o Governo podia conseguir dinheiro para comprar as acções.

“Nós dissemos que o Governo vai conseguir pagar, portanto, hoje, acabamos de concretizar aquele que era o desejo do povo moçambicano. Isto devia ter acontecido em Setembro passado, mas houve condicionalismos que arrastaram o processo até hoje. Não foi problema de dinheiro”, disse.

Por sua vez, o Ministro da Economia e Emprego de Portugal, Álvaro Santos Pereira, revelou que o acordo era histórico. “Hoje é um dia bom para Portugal e é também um dia bom para Moçambique”

Referiu que depois deste processo, e olhando as perspectivas do Governo moçambicano, Portugal vai procurar participar nas actividades que visem o desenvolvimento do sector de ensino técnico profissional.

Álvaro Santos Pereira entende que a parceria entre os povos moçambicano e português vai impulsionar o crescimento económico dos países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

“Nós pensamos que é vital criar estas parcerias entre as empresas moçambicanas e portuguesas para conseguirmos apostar mais no crescimento económico nos países membros da CPLP”, explicou.

De referir que ao abrigo do acordo de reversão da HCB, o Governo moçambicano devia pagar a Portugal um total de 950 milhões de dólares, dos quais 250 milhões foram pagos em 2006 durante a assinatura do acordo de reversão entre o Presidente da República, Armando Emílio Guebuza e o antigo Primeiro Ministro português, José Sócrates.

Você pode também gostar de:

Leave a Comment

Propriedade da Sociedade do Notícias, SA

Direcção, Redacção e Oficinas Rua Joe Slovo, 55 • C. Postal 327

Capa da semana