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Guebuza insta a população a combater a pobreza

Por admin

A quarta etapa da Presidência Aberta e Inclusiva continua a ser marcada por repúdios veementes a todas as tentativas de ameaçar a paz e unidade entre os moçambicanos. O Presidente da 

República (PR),  Armando Guebuza, que para além da cidade de Quelimane escalou seis distritos da província da Zambézia disse, na interacção com a população e membros de diferentes organizações da sociedade civil local, que os ataques perpetrados pelos homens armados da Renamo são uma ameaça real ao ambiente de paz que se desfruta no país, há mais de vinte anos, mas não podem abalar “a nossa determinação e nem desviar-nos da agenda de luta contra a pobreza”.

Esta mensagem está, em perfeita harmonia, com o sentimento popular expresso sob forma de mensagens lidas na ocasião, cânticos e até mesmo por via de dísticos que eram empunhados por uma onda delirante de populares, quer na chegada, estadia e até na partida do Chefe do Estado, nas várias localidades e distritos visitados.

De forma entusiástica, a população recebeu e transmitiu de diferentes formas a sua inabalável confiança e crença no estilo de liderança seguido por Guebuza. Em todos os pontos visitados, verdadeiras multidões cortejavam Guebuza e sua comitiva, à medida que iam cantando e dançando ao som da já familiar canção, pelo menos entre os camaradas, “Mondlane, Machel, Chissano, Guebuza, o mesmo ideal”.

Este ambiente era reforçado com mensagens simples, mas carregadas de uma forte significância política. A titulo de exemplo, era possível visualizar dísticos, a rasgarem os céus, empunhados por populares, onde invariavelmente se podia ler “Guebuza, o povo está contigo” , “Unidade Nacional: segredo para a paz”, “Revolução Verde: alavanca no combate à pobreza”, etc.

As enchentes nos comícios orientados por Armando Guebuza e noutros momentos inerentes ao seu programa de visita às províncias da Zambézia e Tete foram sempre uma constante. Aliás, em alguns círculos de opinião, elas são interpretadas como uma espécie de antítese à falaciosa ideia que se tem procurado “espetar” na cabeça de algumas pessoas segundo a qual “o nível de popularidade de Guebuza baixou”.

Nas províncias até aqui visitadas no âmbito da Presidência Aberta e Inclusiva, a população, por via da sua participação activa e teor das suas mensagens emitidas em comícios, tem estado a desconstruir tal tese. As mensagens da população transmitem, pelo contrário, expressão de carinho, estima e apoio às várias iniciativas presidenciais, que concorrem para a melhoria das condições de vida e bem-estar do povo, sobretudo no meio rural.

O POVO ESSE ESTÁ PREOCUPADO COM O DESENVOLVIMENTO RURAL

Contudo, de forma natural e espontânea, a população não se tem coibido de também apontar alguns erros que têm sido cometidos a nível da máquina administrativa do Estado àquele nível, onde de forma recorrente é levantada a questão da insuficiência de infra-estruturas sociais básicas, tais como escolas, unidades sanitárias que disponham de maternidade e outros serviços, degradação das vias de acesso, criminalidade, de entre outros desafios típicos de um país que está a experimentar um franco crescimento e desenvolvimento.  

A julgar pelas várias mensagens da população, lidas nos diferentes comícios, e pelos “conselhos” dados ao Presidente Guebuza (no espaço reservado às 10 intervenções de elementos da população), ficou sublinhado nos “recados populares” que tudo o que o povo mais deseja neste momento é que o ambiente de paz prevaleça para que os moçambicanos possam, por um lado, dar o seu contributo na luta contra a pobreza, e por outro, que o Governo acelere ainda mais a implementação de políticas públicas que permitam a expansão efectiva da rede de energia eléctrica, abastecimento de água potável, rede escolar, sanitária e uma maior abrangência da rede de telefonia móvel, para atingir as zonas recônditas do país.

Na habitual calorosa interacção com a população, Guebuza tratou de pontuar três aspectos fundamentais da sua mensagem, designadamente, a necessidade de valorização e consolidação da paz, a promoção da unidade nacional e o prosseguimento da luta contra a pobreza.  

 MOÇAMBICANOS SABEM O QUE SIGNIFICA A PAZ E A AUSÊNCIA DELA

Conforme referiu o PR no encontro com parte da população do distrito de Maganja da Costa, mais concretamente na localidade de Missale, os verdadeiros moçambicanos sabem construir a paz e têm muito bem presente nas suas mentes “o que ela significa e também o que representa a sua ausência. Quando temos paz, o desenvolvimento fluí. Não aparecem as coisas todas da mesma maneira e ao mesmo tempo, mas o desenvolvimento ocorre. A paz permite (re)organizarmos a nossa vida e continuamente melhorarmos a nossa vida. Por exemplo, antes de alcançarmos a paz no nosso país, não tínhamos universidades na Zambézia e noutras províncias. Mas, com a paz, já há universidades em Quelimane , e  não é uma apenas. É por isso, que o povo moçambicano não quer a guerra”, sublinhou Guebuza.

A unidade foi o segundo aspecto sobre o qual o PR discorreu nos diferentes comícios por si orientados, tanto na Zambézia, assim como em Tete . É que, para Guebuza, foi e sempre será graças à unidade que os moçambicanos irão lograr fazer e alcançar “tudo aquilo que de bom precisarem. Isto é válido para o bem colectivo/comum assim como particular”.

“Nós só podemos conseguir ou construir boas coisas se estivermos unidos. A nossa diversidade étnica, cultural, racial não é factor de desunião, mas, pelo contrário, expressão da nossa riqueza cultural e de conhecimento. Não podemos permitir que alguém nos queira dividir, porque vivemos bem assim como estamos com a nossa diversidade cultural”, sublinhou o Presidente.

Num outro momento, Guebuza recordou que Moçambique está em contagem decrescente para a celebração do 21 º aniversário da assinatura do Acordo Geral de Paz (AGP), a 4 de Outubro, Dia da Reconciliação Nacional, pelo que “os moçambicanos devem defender a unidade, porque ela permitiu conquistar a independência, alcançar a paz, e vai possibilitar a realização do grande sonho de todos nós que é acabar com a pobreza”.

Outra dimensão em que se centrou o discurso do PR nos encontros com populares está relacionada com a necessidade dos moçambicanos aproveitarem o ambiente de paz para viabilizarem seus projectos de desenvolvimento e melhoramento das condições de vida quer a nível individual assim como colectivo, pois “todas as conquistas alcançadas e por alcançar são resultado do trabalho conjunto entre o governo e o povo moçambicano”. 

Como sabem, há ainda muita coisa por fazer para nos vermos livres da pobreza. O caminho a percorrer até atingirmos o fim da pobreza no nosso país ainda é longo, mas nos conforta constatar que estamos a caminhar firmemente para lá. Estamos num desafio permanente de luta para podermos afastar a pobreza do nosso horizonte”, sublinhou Guebuza.

Num outro momento, o PR realçou que as conquistas alcançadas até aqui pelos moçambicanos são para usufruto de todos moçambicanos. Todos temos  os mesmos direitos e deveres sobre eles. Os moçambicanos, a partir de 1962, decidiram libertar-se do jugo colonial e apostaram na unidade como factor fundamental para viabilizarem esse desiderato.

“É por isso que os moçambicanos querem e devem defender a paz para poderem lutar contra a pobreza à vontade, para que possam circular do Rovuma ao Maputo à vontade. Portanto, a Independência Nacional, a paz e a unidade são conquistas alcançadas pelos moçambicanos que permitem chegar a outros níveis de realização individual e colectiva, tal como acabar com a pobreza, que se resume em poucas palavras na falta, insuficiência ou privação de acesso a determinados bens básicos, como água potável, cuidados de saúde, escola, casa condigna, telefone, etc.”, sustentou o PR. 

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