O Governo admitiu ontem, a possibilidade de alargar a missão de observadores militares do acordo de cessação de hostilidades, apesar do impasse sobre o desarmamento da Renamo.
Segundo o chefe da delegação do Governo, José Pacheco, no processo de diálogo com a Renamo, a prorrogação da equipa de observação da cessação das hostilidades militares (EMOCHIM) está condicionada às conclusões do relatório dos próprios observadores, ao fim de um prazo de 135 dias.
“O Governo, certamente, como sempre, está disposto a abrir espaço (para o alargamento da missão). Se continuarmos na estaca zero, não estamos em condições de adotar uma prorrogação”, afirmou o chefe da delegação governamental.
A EMOCHIM decorre do acordo de cessação das hostilidades, celebrado a 05 de Setembro, pelo ex-Presidente Armando Guebuza e pelo líder da Renamo, Afonso Dhlakama, e que colocou termo a mais de 17 meses de confrontações militares na região centro.
A equipa de observadores integra 35 elementos indicados pelo Governo e outros tantos pela Renamo e ainda 23 peritos militares internacionais, incluindo Portugal, e tinha um mandato de 135 dias.