Política

Frelimo aprova “Manifesto Eleitoral” na terça-feira

É já na próxima terça-feira, dia 13, que os cerca de duzentos membros do Comité Central (CC) da Frelimo irão apreciar e aprovar a proposta de Manifesto Eleitoral do seu partido para as eleições presidenciais e legislativas e para as assembleias provinciais de 15 de Outubro próximo.

A matriz do referido manifesto foi amplamente discutida e enriquecida por parte dos cerca de três mil militantes deste partido que participaram na IX Conferência Nacional de Quadros da Frelimo, que terminou na madrugada de sábado último, na Matola.

Segundo soube o domingo de fontes credíveis, trata-se de um documento com cerca de meia centena de páginas e que apresenta as linhas gerais que consubstanciam as principais prioridades do projecto de governação da Frelimo para o quinquénio 2015-2019, com enfase para a consolidação do bem-estar dos moçambicanos e de Moçambique.

A proposta de Manifesto assenta em seis pilares, designadamente: a consolidação da Unidade Nacional; consolidação do Estado de Direito democrático, unitário e de justiça social; reforço da capacidade do Estado de continuar a responder com eficácia aos anseios do povo; promoção do desenvolvimento económico e social sustentável e criação da riqueza e combate à pobreza; consolidação da cultura de paz e da democracia no país, na região e no mundo bem como a reafirmação da posição de Moçambique na região, no continente e no mundo. 

No que tange ao seu conteúdo o documento acima citado reafirma a visão do primeiro presidente da Frelimo, Eduardo Mondlane, de um Moçambique independente e unido, e na continuidade dos seus ideais e de Samora Machel, Joaquim Chissano e de Armando Guebuza que “ inspirados pelo povo, edificaram um Moçambique próspero e soberano no concerto das nações.”

Assim, as prioridades de actuação da Frelimo para os próximos cinco anos, continuam a buscar inspiração no povo, seu ponto de partida e de chegada. O Manifesto Eleitoral da Frelimo sintetiza as aspirações dos moçambicanos e reflecte as prioridades do desenvolvimento económico e social de Moçambique, inseridos na dinâmica do desenvolvimento da região Austral de África, do continente e do Mundo, refere-seno aludido documento o qual a dado passo enfatiza o compromisso do partido no poder, desde 25 de Junho de 1975, de “continuar a valorizar o Homem moçambicano, promovendo o bem-estar de todos os cidadãos”.

Aliás, durante as suas intervenções o Presidente da Frelimo, Armando Guebuza, disse de forma recorrente que o discurso e prática dos militantes deste partido e dos “políticos patriotas” deve continuar aquela que consolida a paz, a unidade nacional e auto-estima do laborioso povo moçambicano.

O povo que sabe quanto custou içar a nossa bandeira e valorizar a independência nacional, porque os dias vê o nosso empenho por ele, por esta Perola do Índico, por este sonho que Moçambique sempre foi para a Frelimo. Sejamos os homens e as mulheres que dão ímpeto, cadência e ritmo ao nosso candidato, o camarada Filipe Jacinto Nyusi, e aa máquina da Frelimo, em todas as frentes, disse Guebuza discursando, sexta-feira última, na Matola, no acto de encerramento da IX Conferência Nacional de Quadros.   

Num outro momento, o presidente da Frelimo destacou que a mensagem de fundo deste partido cinquentenário “é de inclusão, confiança e mudança, uma mensagem de perseverança e de crença no que a nossa determinação, individual e colectiva, como membros da Frelimo e como um povo, é capaz de alcançar ”.

Guebuza critica políticos “não patriotas”

A meio da sua intervenção de encerramento da IX Conferencia Nacional de Quadros o presidente da Frelimo lançou vários recados aqueles que classificou de “políticos não patriotas” os quais, basicamente, têm o defeito de pensar sempre e apenas nas eleições como um fim em si estirpe de políticos “pensa sempre e apenas nas próximas eleições como um ponto final, um político não patriota pensa no poder , só para tê-lo e reverter as conquistas do povo. ”

No nosso país, infelizmente, temos alguns casos de gente que só pensa nas próximas eleições, que pensa que o compromisso com o país se mede pela capacidade que alguns têm de instrumentalizar sectores da população para ganhos imediatos. As eleições são o campo natural dos políticos não-patriotas porque elas proporcionam momentos dentro dos quais o discurso incendiário e as promessas irresponsáveis e irrealizáveis podem disfarçar a incapacidade de articular um verdadeiro projecto nacional sustentável e de futuro, disse Guebuza.

Referindo-se ainda aos “políticos não patriotas”, Guebuza disse que se a Luta de Libertação Nacional tivesse sido feita por eles “ estaríamos, ainda hoje, mergulhados na longa noite colonial”pelo que um politico-patriota pensa nas eleições como marcos de construção de uma vida melhor para as presentes e vindouras gerações e este pensa no poder como mecanismo de realização de um projecto com fundamentos e ligado ao que de mais nobre há no chão da terra, o povo, levando-o a valorizar e a multiplicar as suas conquistas”.

A propósito, Guebuza referiu ainda que o maior trunfo do candidato do seu partido, Filipe Nyusi, e da própria Frelimo “é o compromisso com o chão da terra, um compromisso documentado pela nossa Historia e pelas nossas realizações”.

O nosso trunfo, o trunfo do nosso candidato, Filipe Nyusi, o trunfo da Frelimo, é que nós somos políticos patriotas, comprometidos com a agenda do nosso povo muito especial. Esta é a mensagem que devemos levar ao povo moçambicano, a mensagem do compromisso com todo o pais, com o seu passado, presente e futuro. Um país que se preza, como Moçambique, não se constrói com imediatismos, com improvisos ou com projectos insustentáveis e demagógicos. Um país que se preza não se constrói com políticos que olham para o nosso maravilhoso povo como simples estatística. Um país que se preza constrói-se com políticos que vivem e se identificam com a sua causa. Um país que se preza, como a nossa pátria amada, constrói-se com uma visão de longo prazo, disse Guebuza.

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