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EXCLUSÃO AGRAVA TENSÃO POLÍTICA

Por admin

Raul Domingos, antigo negociador chefe da delegação da Renamo, afirmou que a tensão política que se vive no país é resultado de uma governação caracterizada pela exclusão social que tende a agravar-se cada vez mais nos últimos anos, devido à partidarização das instituições do Estado, contrariando os progressos alcançados nos primeiros anos da vigência do acordo.

“Todavia, tal progresso, que dava o prelúdio de que se caminhava para o estabelecimento de um Estado de Direito Democrático, começa a desmoronar a partir de 2005. Desde então, instalou-se no país uma situação política caracterizada pela exclusão, intolerância, segregação, discriminação e a partidarização progressiva da Administração e Função Públicas, da Polícia, dos Serviços de Segurança do Estado e das Forças Armadas”,disse Raul Domingos.

Acrescentou que a tensão política foi avivada com o ataque à base de Santungira, em Gorongosa, Sofala onde se encontrava o líder da Renamo, Afonso Dhlakama até ao passado dia 21 de Outubro do corrente ano.

“A alegria de vivermos em paz sem o barulho ensurdecedor das armas desfez-se quando a 21 de Outubro de 2013 as FADM atacaram a residência do líder da Renamo em Santugira, desencadeando desde modo a guerra, numa altura em que decorriam as negociações sobre a reforma da lei eleitoral para se estabelecer o princípio de equidade na composição da Comissão Nacional de Eleições, bem como a despartidarização da Função Pública”,disse Raul Domingos, para quem a solução do actual diferendo está em os signatários do acordo encontrarem-se urgentemente para ultrapassarem as diferenças.

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