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Definidos parâmetros da governação inclusiva

Por admin

República, Filipe Jacinto Nyusi, concluiu há dias o primeiro ciclo de visitas às províncias, ocasião que serviu para estabelecer parâmetros para a governação inclusiva. Nyusi escalou 45 distritos, 24 cidades municipais, 4 vilas municipais e uma povoação.

No fim da desta etapa
das visitas presidenciais,
a primeira desde
que tomou posse
em Janeiro último,
Nyusi concluiu ter estabelecidoparâmetros iniciais para o sucesso
da sua governação.
Explicou que os mesmos foram
definidos a partir da realidade
vivida no terreno, a partir
do diálogo com o povo.
Para estabelecer tais parâmetros,
o estadista vincou a
necessidade de manter contactos
com os dirigentes, por um
lado, e a população, por outro,
transmitindo confiança na luta
contra a pobreza, o principal
inimigo dos moçambicanos.

De modo a lograr resultados
satisfatórios, o Presidente
da República estabeleceu um
formato simples, assente na
acção governativa inclusiva,
galvanizando, deste modo, as
pessoas a exporem as suas preocupações
e contribuições nas
reuniões e comícios que dirigiu.
Salientou que os governantes
que não corresponderem
às expectativas dos cidadãos
poderão ser substituídos sem
contemplações. “Não é nossa
intenção demitir as pessoas,
mas vamos exigir a prestação
de contas. Aqueles dirigentes
que não estiverem à
altura, naturalmente que os
vamos substituir, porque o
povo espera resultados concretos
e não lamentações ou
pedido de desculpas”, frisou.
Ressalvou que no seu Executivo
não admitirá, por hipótese
alguma, dirigentes que
intimidam cidadãos. “Na nossa
governação não queremos
que as pessoas tenham medo
dos dirigentes. Têm de estar
próximos deles e colocar os
problemas para juntos resolverem”,
ajuntou.
“SOU PRESIDENTE
DE TODOS OS
MOÇAMBICANOS”
O Chefe do Estado afirmou
estar comprometido com
o desenvolvimento integrado
do país. “Sou Presidente de
todos os moçambicanos, incluindo
aqueles que votaram
em outros candidatos. As
realizações do Governo são
para beneficiar a todos, independentemente
da sua filiação
partidária ou origem.

Portanto, todos aqueles que
têm boas ideias são bem-vindos,
para juntos desenvolvermos
Moçambique”, disse.
Sublinhou que no país existe
um único Exército, apartidário
e aberto à filiação de todos os
moçambicanos elegíveis face
aos procedimentos legais conhecidos.
“O nosso compromisso é
com a paz e reiteramos que
tudo faremos para a sua preservação.
Nenhum partido
deve ter homens armados”,
defendeu o estadista.
ENSINAR A PESCAR E
NÃO DAR O PEIXE
Nos encontros com os agricultores
de várias associações,
assim como nos comícios realizados,
Filipe Nyusi tratou de ensinar
a pescar e não dar o peixe,
como se costuma dizer em gíria
popular.
Estamos a falar, por exemplo,
das reuniões com governos
provinciais, distritais, com organizações
sócios-profissionais,
nas quais o Presidente da República
apelou às pessoas a procurarem
soluções ou propostas
para resolverem os problemas
e não ficar a espera do Governo
central.

Esta interacção entre o
Chefe do Estado e os dirigentes
locais, com a presença do
povo, veio imprimir uma nova
dinâmica na forma de estar dos
dirigentes, que perceberam que
seu desempenho deve enfocar
resultados concretos.
OS CINCO PILARES DA
GOVERNAÇÃO
Para mostrar que assimilou
as orientações do Presidente da
República, um grupo constituído
por jovens que completaram
este ano 40 anos de idade fez
questão de, no último comício
realizado na cidade de Tete,
apresentar os cinco dísticos
referentes aos cinco pilares do
Plano Quinquenal do Governo
2014-2019.
Estamos a falar da consolidação da paz, unidade nacional
e defesa da soberania, desenvolvimento
do capital humano
e social, promoção da produtividade
e emprego, desenvolvimento
de infra-estruturas sociais
e gestão sustentável dos
recursos naturais.
Os populares também fizeram
a questão de, através de
cânticos e outras manifestações
culturais, enaltecer a prontidão
do Chefe do Estado na preservação
da unidade nacional através
do diálogo que tem estado a
manter com os diferentes segmentos
da sociedade.
“Encorajamos a firmeza
do Presidente da República
nos esforços tendo em vista
o combate à pobreza, o inimigo
número um dos moçambicanos,
disseram cidadãos nos
comícios populares.
Ainda sobre o combate à pobreza
e a questão da paz, o Chefe
do Estado reiterou sua determinação
de continuar a manter
diálogo com qualquer cidadão
moçambicano, independentemente
da sua origem ou filiação
partidária.
“O que não vou fazer é violar
a Constituição da República,
que jurei respeitar. Moçambique
é uno e indivisível,
do Rovuma ao Maputo e do
Zumbo ao Índico”, apontou.
Quer na província de Manica,
quer em Tete, últimas
províncias escaladas pelo estadista,
os produtores locais
mostraram sua disponibilidade
em participar na governação e
pediram ao Governo para que
massifique a formação no que
diz respeito às melhores técnicas
de produção.
Estamos a falar de novas
formas de espaçamento no lançamento
de sementes no solo,
uso de sistemas modernos para
a irrigação, bem como as respectivas
técnicas de lavrar os
campos agrícolas.EVITAR POLUIÇÃO
AMBIENTAL
Em Manica, província com
elevados índices de poluição
dos rios devido ao garimpo, os
produtores propuseram, por
exemplo, o agrupamento dos
garimpeiros em associações e
que sejam sensibilizados sobre
o perigo da sua actividade para
a irrigação das machambas.
Para aqueles agricultores,
há que criar espaço para que
as pessoas exerçam a sua actividade
mineira de forma organizada
de modo a evitar a
poluição dos rios que canalizam
água para os seus campos de
produção.
Para o Chefe do Estado, este
pensamento enquadra-se perfeitamente
nos seus planos de
fazer de Moçambique um país
eminentemente agrícola, tendo
em vista a superação do défice
alimentar e garantia da segurança
alimentar.
“Temos muita terra para
produzir comida da melhor
qualidade. O que vamos fazer
é acelerar a atribuição dos
Títulos do Uso e Aproveitamento
de Terra (DUAT) para
que as pessoas não sejam
arrancadas as suas parcelas,
mas apelamos para que cedam
espaço para as grandes
plantações caso apareçam
investidores”, disse de forma
reiterada o Presidente da República,
ressalvando a garantia de
espaço para o sector familiar.
Para o Chefe do Estado,
a população deve se engajar
na produção da comida para
o melhoramento da sua dieta
alimentar, o que consequentemente
terá impacto positivo na
sua alimentação, elevando-se,
deste modo, os índices de desenvolvimento
humano.
Aliás, o desenvolvimento
humano é associado à educação,
razão pela qual durante
as visitas Filipe Nyusi manteve
vários encontros com alunos
e educadores de diferentes
níveis do ensino, como por
exemplo os do Centro de Formação
Profissional de Machaze,
em Manica, que lecciona o
nível básico.
Apesar de ser deste nível, a
escola dispõe de equipamento
moderno para treinamento
dos instruendos nas áreas de
Contabilidade, Administração,
Serralharia, Mecânica-Geral,
Electricidade, Carpintaria, entre
outros cursos. A mesma tem aparticularidade de receber alunos
oriundos de todo o território
nacional
Ainda para compreender
o pulsar da vida e interagir
com os cidadãos, Filipe Nyusi
escalou algumas unidades de
produção e processamento de
carne, como por exemplo o Matadouro
de Manica.
Sobre esta experiência da
produção e processamento
de carne bovina, Filipe Nyusi
instou os criadores de gado
da província de Tete a visitar
aquela unidade e estudarem a
possibilidade de criar uma similar
ou levar a sua criação àquele
matadouro.
Mas não foi só a produção
de gado que impressionou o
Chefe do Estado na sua passagem
pela província de Tete,
uma vez que ao escalar o distrito
de Tsangano não resistiu
à qualidade da batata e outros
produtos agrícolas produzidos
naquele local pelos camponeses,
que até criam postos de
emprego para outras pessoas.
Este distrito é potencialmente
agrícola e os números apontam
para mais de 100 toneladas
de cereais produzidos na última
safra, entre os quais destacam-
-se culturas de batata-reno, milho,
feijões, trigo e uma vasta
gama de hortícolas que, com
boa embalagem, podem ser
comercializados nos supermercados
das capitais provinciais.
Filipe Nyusi transmitiu reiteradamente
confiança na solução
da tensão política que se regista
em algumas regiões, salientando
que a paz e a unidade nacional
são elementos que devem
ser reforçados continuamente
por todos moçambicanos, “porque
só dessa maneira se pode
enfrentar desafios e alcançar
novas conquistas”.
Em todos os comícios o Presidente
da República explicou
que os moçambicanos lutaram
pela libertação do país para se
libertar do colonialismo português
e viver em paz. “Isso,
que estamos a ouvir em alguns
distritos de Tete, tem
de parar e quem deve parar é
a própria população, que não
deve permitir que haja confusão
e guerra”, apelou.
Texto de Domingos Nhaúle
Nhaule2009@gmail.com

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5 comments

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