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Bissopo ameaça dividir o país caso o governo não atenda a paridade nas FDS

Por admin

O secretário-geral da Renamo, Manuel Bissopo, disse ontem, terça-feira, que o seu partido, poderá recorrer à divisão do país, caso o Governo não atenda as reivindicações sobre a paridade nas Forcas de Defesa e Segurança (FDS).

Falando num comício que orientou no distrito de Morrumbala, na província central da Zambézia, Bissopo disse que se o governo não ceder à paridade nas Forças de Defesa e Segurança, a Renamo estará preparada para dividir o país por via da força.
Se a Frelimo (partido no poder) continuar a dizer que não aceita a paridade, então, a Renamo e o presidente Dhlakama não têm mais nada a fazer, senão aceitar o que a Frelimo quer, que é criar condições para dividir o país, disse Bissopo, citado hoje pelo jornal O Pais.
Não podemos deixar que os moçambicanos entrem em confronto, quando esse Moçambique é grande e cada um pode ocupar o seu espaço, sublinhou. 
Esta não é a primeira vez que a Renamo recorre a ameaças de dividir o país. Logo após as eleições gerais de 1999, Afonso Dhlakama ameaçou dividir Moçambique a partir do rio Save, reivindicando o que chamava fraude nos resultados eleitorais. 
Na altura, Dhlakama dizia que a lógica do traçado divisório que pretendia tinha a ver com as regiões onde acreditava ter ganho as eleições e, por isso, deveria nomear os respectivos governadores.
Dando azo a esta pretensão, a Renamo através de seus homens armados voltou a lançar ataques na Estrada Nacional Numero Um (EN1), a principal via que estabelece a ligação entre o sul e o centro de Moçambique, na sequência do fim do cessar-fogo anunciado, segunda-feira, pelo porta-voz da Renamo, António Muchanga, em Maputo.
Depois da promessa, escreve o jornal O Pais, menos de 24 horas depois da declaração de guerra anunciada, a Renamo voltou, esta terça-feira, a atacar numa acção de terror que terá provocado três mortos e pelo menos sete feridos.
O ataque desta terça-feira é o segundo em dois dias e primeiro depois do fim das tréguas anunciado pela Renamo.
A fonte cita dados oficiais a confirmarem a existência de pelo menos 10 feridos, um dos quais em estado grave, registados apenas no ataque ocorrido entre a noite de domingo e madrugada de segunda-feira, nos distritos de Gorongosa e Muxúnguè, na província de Sofala.

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