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Armas não são o caminho para resolução de discórdias

Por Jornal domingo

ISABEL JEREMIAS

A governadora da província de Manica, Francisca Tomás, disse, hoje, que “as armas não são o caminho para resolução de discórdias”, defendendo o diálogo, a reconciliação e o respeito mútuo como únicos instrumentos legítimos para garantir a estabilidade e o desenvolvimento do país.

No seu discurso alusivo às celebrações dos 33 anos do Acordo Geral de Paz assinado em Roma, capital da Itália, a governadora lembrou os impactos devastadores da guerra civil, que ceifou milhares de vidas, separou famílias e comprometeu o progresso nacional.

Sublinhou que o caminho trilhado desde então deve ser consolidado todos os dias, através de gestos simples, como o perdão, a empatia e a convivência pacífica.

“Hoje celebramos o fim de um conflito e também o início de uma nova mentalidade que é a de que o diálogo vale mais do que qualquer arma”, vincou.

Apelou à população de Manica para que participe activamente no processo de Diálogo Nacional Inclusivo que vai iniciar segunda-feira, e recordou que “a paz é construída todos os dias com pequenos gestos de tolerância e respeito, independentemente da cor política, origem étnica ou condição social”.

Reiterou o compromisso do Governo provincial em continuar a trabalhar para melhorar as condições de vida da população, combater a criminalidade, reduzir a pobreza e mitigar os efeitos das mudanças climáticas desafios que, segundo a governadora, “só poderão ser vencidos num ambiente de paz e coesão social”.

Por seu turno, o Secretário de Estado, Lourenço Lindonde, apelou aos líderes religiosos para que continuem a desempenhar um papel fundamental na mobilização das suas comunidades em prol da paz, reconciliação e fraternidade entre os moçambicanos.

“Os líderes religiosos devem continuar a mobilizar as suas comunidades e membros para serem agentes activos da paz, da reconciliação, da fraternidade e do amor ao próximo”, sublinhou o dirigente.

O governante destacou ainda que a consolidação da paz em Moçambique depende do envolvimento de todos os sectores da sociedade, incluindo as igrejas, associações juvenis, instituições educativas e as famílias, reforçando que a paz não é apenas a ausência de guerra, mas um processo contínuo de construção de uma convivência pacífica e solidária.

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