Opinião

Toca a desarmar!… Time is running out.

Se a Renamo e os estrangeiros na sua retagurada acham que o presidente Filipe Nyusi irá condescender face à postura, desafiante e delirante do seu líder, estão enganados. 

É  como diz o povo, que tirem o cavalinho da chuva.O presidente Flipe Nysusi, nunca irá trair a constituição, nem dar-lhes uma parcela do território nacional  para governar.Em democracia não se dá, conquista-se  pelo voto popular, e quanto sei o voto ditou o vencedor Filipe Nyusi e o partido Frelimo.

23 anos depois do AGP e dos partido políticos passaram a expressar o pluralismo político, a Renamo continua  com a mesma atitude, de apego às armas em desafio à ordem constitucional.Por outras palavras a Renamo continua ser parte do problema, e não parte da solução dos problemas concretos dos moçambicanos.Para Dlhakama e os seus, a democracia não trouxe compromissos com a ética, paz e desenvolvimento sustentável, porque como todo o mau aluno gazetou as aulas.Numa democracia emergente a democracia  é sempre uma escola de aprendizagem, e a escola não é sómente a Assembleia da República, mas todo o universo político nacional, independente do quadrante político em que nos situamos.

O líder da Renamo quando diz ter chegado o momento de se parar de dialogar por dialogar, por falta de consensos entre as partes envolvidas, ele pretende ditar o timing e a agenda.E ao  recusar um encontro com o chefe do estado Filipe Nyusi, ao mesmo tempo que congelava o diálogo com o governo, mostra o estado de desespero em que se encontra.Mais ainda enfatizou, não haver necessidade de diálogo, por este ser apenas para enganar a opinião pública internacional.

Diálogo para Dlhakama significa enganar a opinião pública.Para entendermos o líder da Renamo talvez fosse possivel através de um profundo estudo de  sociologia criminal do que política.Ele  mais uma vez entende poder adensar o ambiente político a seu favor.

É uma falta de respeito para com o mais alto dignatário do país, o garante da soberania nacional e da constituição, assim  como falta de respeito para com os moçambicanos.

Foi uma oportunidade perdida, esperando contudo que o bom senso  prevaleça, e  Dlhakama recue,na intenção de mostrar o quão irracional pode ser um político quando o desespero toma conta dele e da sua organização.Falando num comício na província da Zambézia  disse que já estava a governar, e que   apos as eleições de1994, 1999 e 2009, se tivesse optado pelo levantamento armado seria hoje governo, e não escravo do poder constituído.

Com   esta  atitude deita tudo a perder.A soberania de Mocambique em momento algum deve ser posta em causa, e o lider da Renamo parece não ter mais nada a perder.Em qualquer democracia evoluída, Dlhakama já há muito estaria atrás das grades, e o seu caso entregue ao tribunais.Sempre  julgamos que  Dlhakama pudesse ser minimamente um interlocutor válido;ora ao condicionar um potencial encontro,a uma agenda baseada na discussão da  aplicação integral do Acordo Geral de Paz, que terminou em 1992, e também do Acordo de Cessação de Hostilidades, assinado a 05 de Setembro de 2014,  a intenção  é entreter os moçambicanos, quando na verdade  o  objectivo é subtrair parte do território nacional, e entregá-lo à gestão estrangeira.Que dizer de uma organização cuja preocupação  seria  honrar os compromissos em se  desarmar, ao invés, foi alistando jovens e colocando as ditas forças residuais em locais económicamente estratégicos?Afonso Dlhakama deve preparar-se em arcar com   as consequências,…

Ele e os seus comparsas pretendem manter a democracia refém dos seus propósitos sombrios, as forças de defesa e segurança em permanente estado de alerta, e o ambiente político crispado.Esse é clima funcional que convém,em obediência a uma orientação direcionada como arma de subversão contra o governo do partido Frelimo e os moçambicanos.

Se o governo decidiu unilateralmente extinguir a Equipa de Observação da Cessação das Hostilidades Militares (EMOCHM), a missão foi dissolvida por a mesma estar incapacitada de realizar qualquer actividade.Durante meses a fio a Renamo se recusou a entregar a referida lista, o que impossibilitou a integração dos membros armados da Renamo nas FADM e PRM.Do outro lado, as FDS, devem ter a  mobilidade necessária em todo o território nacional,sem condicionalismos obstaculares de espécie alguma.O território moçambicano é uno e indivisível e as FDS o garante da soberania nacional.

O verdeiro adversáro da Renamo é a incompatibilidade da organização com a democracia.Por uma questão de cegueira ideológica, a organização de Dlhakama não lhe convém por oportunismo político fazer a distinção necessária,entre partido Frelimo e governo,entre os orgãos de soberania e o partido Frelimo.O objectivo nesta manobra é económica, para que todos reacionários,olhem para as FDS como um braço armado do partidoFrelimo.Esta visão ideológica é perturbante e dantesca, ao sedimentar velhos ódios ideológicos que se desejavam exorcizados;ora trazer o AGP já prescrito, porque plasmado na constituição da República e o  Acordo de Cessação de Hostilidades, no meu entender, a facção militar da Renamo, entrou em fase de desespero perante o andar dos ponteiros do relógio.A economia vai bem e o executivo de Nyusi está a governar e bem, com níveis de popularidade excelentes.

A Renamo não entende que o que está em causa não é a ideologia, mas o futuro dos moçambicanos.Existe todo uma carga emocional que não se esgota na política, mas no sentimento de uma população inteira,que se interroga, sobre a verdeira natureza da Renamo, e que vê nas suas manobras e tácticas dilatórias, uma ameaça real  à segurança  do estado moçambicano.

Unidade Nacional, Paz e Progresso

PS. Como autor do texto reservo-me no direito de não permitir que o texto seja reproduzido na rede social, na ferramenta de busca google por qualquer blog que nao seja o jornal domingo.

Inácio Natividade

 

 

 

 

 

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