Semelhanças partidárias
Um dos aspectos que veio ao de cima no Congresso do terceiro partido mais votado em Moçambique foi acolher quase a totalidade das caracteristicas do partido no poder, incluindo alguns defeitos, o que levou a que se comentasse entre os jornalistas que, não fossem as palavras que usam quando pretendem diferir, não valeria a pena fazer mais um grupo de pessoas e chamá-lo partido.
Desde os erros no cumprimento de horários, passando pelos dispensáveis espectáculos de fazer de contas que há democracia interna, os gestos que traduzem a fidelidade dos seus membros, as palavras feitas de que gostariam fossem cruamente transmitidas àqueles que não estando na reunião pretendem sentir o pulsar verdadeiro do encontro que acontece lustro-a-lustro…
Aliás, notou-se em muitos por cento a cópia a uma Frelimo que já era, de como era e já não é, porque ela já evoluiu abandonando certas manhas!
Os jornalistas cansados de porta-vozes previsíveis, calculando do que se vai dizer a seguir, no intervalo, e, de forma invariável, foram à procura de assuntos que trouxessem novidade, aproveitando-se da gazeta declarada em que se transformara a rotina de ir ao Congresso, horas a fio, para no fim ouvir o que ja se sabia.