Opinião

RENAMO: UM FURÚNCULO SOBRE AS NOSSAS NÁDEGAS

Comemorando-se na próxima Terça-feira dia 25, a passagem de mais um aniversário duma das datas mais importantes da Comunidade Cristã de todo o universo, e não só, mas também 

o Dia da Família Moçambicana, terei de fazer um esforço para me conter, utilizando uma linguagem adequada ao momento em respeito a essas duas efemérides. Congratulações aos Cristãos de todo o mundo e boas festas a todas Moçambicanas e Moçambicanos. Porque afora isso, o rompimento das conversações que vinham decorrendo numa das estâncias turísticas desta cidade de Maputo entre uma delegação do Governo e os representantes daquilo que pretenderia ser um “Partido”, mas que no fundo, de Partido Politico não consegue ser, deixou-me muito irritado, e com vontade de tecer umas observações cheias de impropérios, tendo em conta o tempo perdido pelos membros do Governo, desviados das suas múltiplas funções governativas para participarem forçosamente num espectáculo ridículo humilhante e sem graça. Daí que, eu deveria utilizar a mesma linguagem usada pelos “actores Renamistas”, que sempre pautaram por falta de respeito a tudo e a todos particularmente pelo Povo ao qual bastas vezes o invoca para em seu nome denegrir dirigentes deste país, legalmente eleitos. Dizia eu, devia usar nesta “assombração” vitupérios no trato dessas gentes a imagem e semelhança do que eles fazem, já que aprendi das minhas saudosas avós que,a forma correcta de se vingar de quem peida para ti, é peidar também, (ku phota kan’ suti nguku sula nawe”. Mas, juro pelas almas daquelas minhas duas santinhas avós, (uma no purgatório e outra no Céu), que serei o mais cordato possível. É que como todos nós estamos recordados, a RENAMO, um movimento formado por guerrilheiros desmobilizados de farda continuando no entanto armados, que viveram nas matas durante dezasseis terríveis anos, tem estado a tentar a todo o custo mas sem sucesso adaptar-se à vida decente. Uma vida civilizada e ordeira de lidar e obedecer a padrões internacionalmente aceites pelas nações, o que não lhes cai bem. Daí, pautarem pelo comportamento rude no trato com as pessoas na sua linguagem que se mantêm a mesma de há vinte anos, quando andavam saqueando e espalhando terror nas populações pacificas e destruindo infra-estruturas e meios de transporte. Tribalistas por excelência, não conseguem conceber um Moçambique desenvolvido onde o mosaico das culturas nos une do Rovuma ao Maputo e do Zumbo ao Indico, preferindo contentar-se com o vale da serra da Gorongoza. Então, pus-me a avaliar que, desde a assinatura dos acordos de Paz até aos dias de hoje aquele Movimento tem estado a torturar-nos psicologicamente até à ponta dos cabelos. Onde quer que estejamos teremos de arrastar connosco uma moléstia chamada RENAMISMO. É uma espécie de um calvário para os Moçambicanos, uma forma dapena a pagar pelos nossos pecados, aturando gente mal educada. Que grande mal terá o Povo Moçambicano feito a RENAMO? É que o que fazem ao Povo estes senhores e senhoras da RENAMO só pode ser o resultado duma praga. Lendo “O Livro de Urântia”,uma obra literária, composta por 197 documentos escritos originalmente em Inglês, traduzido recentemente para mais idiomas e que serve como base ideológica de alguns movimentos religiosos e filosóficos, no Documento 187, diz-se que quando o Império Romano crucificava um criminoso (ou preso, mesmo que não fosse criminoso, como foi o caso do filho Carpinteiro de Nazaré), a vítima era forçada a carregara viga da sua própria cruz até ao lugar dasua execução, passando pelocentro da cidade.Recorria-se à crucificação para infligir uma punição cruel e demorada, e a vítima algumas vezes ficava sem morrer durante vários dias.A cruz que o Filho do Carpinteiro de Nazaré carregou, foi a mais pesada de todas, apesar d’Ele nunca ter nenhum mal a ninguém. Carregou os pecados de toda a humanidade. No nosso caso como moçambicanos, temos na RENAMO a nossa cruz que temos que arrastar connosco até ela atingir o inatingível: colocar chancela na ponte sobre o Rio Save. É uma espécie de um furúnculo nas nossas nádegas, e isso dói-nos muito. Como toda gente deve saber, um furúnculo ou abscesso cutâneo é uma zona inchada e dolorosa geralmente pus concentrado numa parte infectada do corpo que, ao tacto, parece estar cheia de um líquido espesso.Consoante a localização do absesso, de um modo geral caracteriza-se por dor aguda,cortante, lacerante, opressiva e até corrosiva. Um abcesso causa de facto um mal-estar. Já imaginaram um abcesso entre as nádegas!? Só obisturi é que pode trazer sossego ao corpo atacado por um furúnculo. Os locais preferenciais para o surgimento de um furúnculo são: as axilas, as virilhas e outras partes cobertas de pêlos. A RENAMO tortura-nos literalmente com as suas constantes ameaças ao retorno à guerra, tal como acontece com um furúnculo que de um momento para o outro pode romper e sujar-nos a roupa com pus que contem. Nunca sabemos onde poderemos deparar com homens armados a nos bloquear o trânsito, sentados ou a dormir teremos de nos lembrarmos que quando menos esperamos, poderemos levar um balázio.Por algum tempo se acreditou que a solução para os problemas da RENAMO residia no tratamento condigno dos seus Deputados. Mas todos os Deputados da RENAMO têm o mesmo tratamento V.I.P., que tem os demais. São tidos e achados por “Excelências”, mesmo sem o merecer como pessoas, pois o termo «Excelência» é a maneira formal para se dirigir com reverência a determinadas pessoas cujo estatuto e estilo de vida assim o merecem. Como diziam os latinos “À mulher de César não basta ser honesta, tem de parecer honesta”. O que não é o caso dos Renamistas. Insultar o Chefe de Estado e sua família, furtar-se aos trabalhos na Assembleia, ameaçar boicotar eleições, convocar uma greve para uma desobediência civil não me parece ser de gente que mereça o tratamento de «excelência». O Senhor Afonso Dlakama afirmou vezes sem conta que jamais voltará a pegar em armas, mas isso é absolutamente um absurdo, a menos que ele próprio não consiga pegar em armas por senilidade, mas, convenhamos ninguém vive cercado de homens armados sem que não estivesse a almejar provocar o derramamento de sangue, a menos que seja um prisioneiro. Quem nos removerá este furúnculo das nossas nádegas, já que o único processo de expurgar o movimento seriam as eleições que eles as temem. Deixem o Povo viver em Paz malandros!

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