“De onde procedem guerras e contendas que há entre vós? (…), cobiçais e nada tendes; matais e invejais e nada podeis obter; viveis a lutar e fazer guerras” Tiago (Jacob) 4:1
Seria uma grande e imperdoável distracção da nossa parte se, ao iniciarmos esta “assombração”, não parássemos um instantinho para estendermos a nossa singela solidariedade à família daquele que é indiscutivelmente o mais poderoso símbolo da luta contra o regime segregacionistado Apartheid, também consideradoo mais importante líder da África Negrae Prémio Nobel da Pazde 1993,dos poucos que há no nosso Continente, fonte de inspiração dos Heróis Africanos e não só. Falamos de Nelson Rolihlahla Mandela, carinhosamente tratado por MADIBA. Neste momento em que o seu estado de saúde é classificado pelos médicos como “CRITICO”, depositamos tudo nas mãos poderosas do “Arquitecto do Universo”, e que toda a família “MADIBA”, esteja preparada para aceitar o pior, como diziaDaniel Defoe, Romancista Inglês do Século XVII,autor da famosa obra “Robinson Crusoe”:”Desejar o melhor, recear o pior e aceitar o que vier, é a Lei da Vida”. Agora sim, vamos discutir o nosso quotidiano. Hoje por hoje, qualquer Moçambicano, da criança ao velho, passando pelos adolescentes, jovens e adultos desde que não tenha as suas faculdades mentais pouco desenvolvidas, ou por outra desde que esteja em pleno gozo das sua faculdades mentais, do Rovuma ao Maputo e do Zumbo ao Indico, encara o drama que se vive na EN1, na Zona de Muxúnguè, com grande preocupação e apreensão. Tudo isto porque, há vinte anos atrás, mais precisamente logo após a assinatura dos Acordos de PAZ emRoma, na sua implementação, alguém ou uma instituição não prestou muita atenção a alguns pormenores do mesmo Acordo o que deu azo para que um individuozinho sesobrestimasseao ponto de lhe ser permitido manter o seu exército pessoal, paralelo ao Exército oficial, este último que devia ser o único detentor de armamento para com este salvaguardar a integridade da Pátria Amada. Assim, o dito cujo, que em condições normais devia ter sido condenado à prisão perpétua, pois vinha da prática de assassinato deliberado em massa de pessoas sem precedente na história deste Pais, sentindo-se eleito a um estatuto de Super VIP, uma espécie de um “Reizinho Mandão”, foi alimentando-se de ideias “Vampirescas e Quizumbistas”, ganhando gosto pelo sabor de sangue e transformando-se literalmente num autêntico hematófago. Não sendo assim,como é que se explica que num País, constitucionalmente “Democrático”, haja um “Partido” cuja força reside no cano das armas? Tornando-se necessário que as verdades sejam ditas, sejam elas (verdades) duras como diamantes e delicadas como a flor do pessegueiro, o cidadão em causa, só pode julgar-se “superman” em função de se saber rodeado e comandar homens armados. Em nossa convicção muito pessoal julgamos e acreditamos que, poderão haver tantas rondas de diálogos no Centro de Conferência “Joaquim Chissano”, muitas manifestações de repúdio um pouco por todo o Pais, várias orações e homilias ecuménicas em praças públicas enfim, enquanto houver homens detentores de armas, a passearem e a dispará-las livremente, numa determinada zona geográfica deste Pais que devia permanecer una e indivisível, enquanto não forem desarmados tais homens, botamos as mãos no fogo em como nenhuma PAZ duradoira irá prevalecer. Entendemos nós reiteradamente que, aPAZ deste Pais, encontra-se sequestrada por um punhadinho de homens escondidos algures no Centro deste Pais, particularmente nas matas da Gorongoza, mas bem identificados. Fique claro que o homem que aparentemente desempenha um papel importante para a pacificação deste Pais, após o desarmamento daqueles velhos muitos deles inocentes, ele próprio cairia na real e dar-se-ia conta que afinal ele é tão mortal quanto o é qualquer lagartixa. Já dizia o revolucionário Chinês Mao Tsé Thung “O poder nasce da ponta do cano de um fuzil”. O resgate da PAZ, passa indiscutivelmente pela “limpeza” daquela zona, de artefactos belicistas e resgatar os homens “sequestrados” por um demente. Após isso, alguém que quisesse continuar a vegetar na mata, que o fizesse, por sua conta e risco. Sozinho. Ninguém haveria de se importar, pois homem nenhum deixaria de viajar sozinho de carro por temer alguém que estivesse armado com arco flecha ou azagaia à moda de Txaka Zulu. Todos nós tememos armas de fogo ou de ferro (catanas, machados e outros tantos artefactos), mas varapaus e azagaias nos dias que correm, parecem ser mais úteis em salas de Teatro. Quem quiser fazer Politica que o faça sem recorrer a armas, pois segundo aquele mesmo politico Asiático “A política é uma guerra sem derramamento de sangue, e a guerra uma política com derramamento de sangue”.Finalizando queremos repisar que, a preocupação de todos os Moçambicanos, (excepção para os visados) é ver e saber que já não existem homens armados em nenhum outro sitio senão nos Quartéis das Forças Armadas da Defesa de Moçambique (FADM) e nas Esquadras da Policia da Republica de Moçambique (PRM), sem olvidar os devidamente licenciados para a caça desportiva, pois mesmo os ditos de auto defesa, deviam ser recolhidos. Contamos com o bom senso de quem deve desarmá-los.