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O discurso do Presidente

Por admin

O sonho do presidente, é uma América unida no melhor da sua diversidade, em prol de elevados valores que levem o país a superar-se, na inclusão daqueles que até ao momento foram

 economicamente e socialmente esquecidos.

Foi numa tarde fria em Washington, com os americanos fortemente agasalhados mas frenéticos a agitar miniaturas de bandeiras americanas que Barack Obama fez o seu discurso.

O discurso da segunda tomada de posse de Barack Obama foi quase todo voltado para a defesa do estado social, esperança e união. O momento coincidiu com o Martin Luther King Day, dedicado ao líder dos direitos cívicos assassinado, e é feriado nacional. Talvez por isso o discurso mostrou uma face de uma América mais preocupada em encontrar solução para a questão das minorias ainda vítimas de discriminação: negros, latinos imigrantes e homossexuais. Ao mesmo tempo, Obama aproveitou o ensejo para agradecer a nova maioria sociológica que o elegeu, para enviar recados aos conservadores relutantes nesta matéria, citando Martin Luther King “a nossa liberdade está inextrincavelmente ligada a cada alma na terra”.

Barack Obama pediu aos americanos que o ajudassem no apoio à sua agenda baseada no que deve ser considerado o seu legado ideológico, com um apelo a uma mudança de atitude dos americanos para se ajustar a um mundo em constante mudança.

Numa passagem do discurso, afirmou que se a América deseja manter a liderança mundial deveria usar internamente a abordagem não racial para promover a unidade nacional, e facilitar a integração e a coesão sociais na sua sociedade. Apelou que a América deve aprender a viver consigo própria respeitando a diversidade étnica multirracial que a espelha. Ser económica e socialmente inclusiva e justa, e não aquela presunçosa e exclusiva branca, onde negros, latinos e orientais, assim como as mulheres vivem abaixo da escala social e económica. Enfatizou esta tese, afirmando não se tratar de uma questão política de esquerda versus direita, mas do que é certo contra o que estava errado.

 

No que diz respeito à política internacional, Obama defendeu uma continuidade de uma América que não abdica do seu papel em ser polícia do mundo, mas quer ver os problemas que afectam o mundo solucionados pacificamente. Manifestou o desejo de reforçar as relações com aqueles países e povos devotos a defender os valores da liberdade e democracia e a luta pelos direitos humanos.

A América encontra-se de facto dividida, com os dois órgãos de poder, a Casa Branca, nas mãos dos democratas e o Congresso maioritariamente republicano, a ter urgentemente de ver superadas as divergência na questão da dívida externa e na questão da imigração.

Ambas as partes têm vivido desavindas, defendendo pontos de vista divergentes; na parte fiscal, enquanto os democratas defendem um aumento de impostos para os ricos, os republicanos opõem-se. Divergem também na questão orçamental, enquanto os democratas querem mais dinheiro para as questões sociais, os republicanos querem ver mais dinheiro para defesa e segurança.

 

Enquanto isso a economia americana não há meio de florescer. O desemprego e a precariedade social mantêm-se como uma ameaça em alguns estados especialmente os mais pobres.

 O défice americano é gigantesco só superado proporcionalmente pelo da Grécia e do Egipto, entre os maiores países do mundo. A administração Obama levou a que o défice público subisse de 3.2 por cento do PIB em 2008 para os 8.9 por cento em 2010, o que por sua vez provocou a subida do rácio da dívida pública de 40 por cento para 62 por cento.

As previsões orçamentais para as próximas décadas serão dominadas por aumento da despesa da segurança social, devido ao aumento do custo dos benefícios do Medicare que deverão elevar o rácio da dívida de 90 por cento em 2020 a 190 por cento em 2035.

Este fundo, é o maior desafio da saúde introduzido pelo presidente Barack Obama e a longo prazo da economia dos Estados Unidos da América.

De facto, Barack Obama é um presidente diferente, e isso nada tem a ver com a cor da sua pele, ou fo acto de ter sido o primeiro presidente negro. O sonho do presidente é uma América unida no melhor da sua diversidade, em prol de elevados valores que levem o país a superar-se em apoio daqueles que até ao momento foram economicamente e socialmente esquecidos. Para Barck Obama não pode existir uma América competitiva e forte, enquanto subsistir a discriminação racial, social, económica e religiosa ou sentimentos homofóbicos na América.

 

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