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MIRADOURO – Combate aos acidentes de viação

Por admin

Bem, este assunto é mesmo melindroso, tendo em conta a História. É que essa coisa de veículos automóveis veio lá das terras europeias, a partir daquele pensamento e invasão milagrosa de 

James, nos primórdios da revolução industrial, na Grã-Bretanha, na terra dos ingleses.

Cá entre nós, essa coisa de cumprir com as regras não é para todos. O mundo moderno, aliás, contemporâneo, assim o exige. É que as regras é que conduzem a convivência pacífica entre os humanos, permite a interacção entre os homens, na sua vida social, e não só. Oh, recordo-me de uma discussão meio descabida entre os estudantes e o seu mestre, numa das academias das nossas universidades que surgem como se fossem cogumelos. O aparecimento das universidades é bem-vindo, sobretudo num país em que se precisa de cientistas e de homens que sabem fazer as coisas.

Dizia eu que houve uma discussão académica, em virtude do pronunciamento do termo “moderno” para se referir ao mundo dos nossos dias. Para mim, realmente, o modernismo faz parte ou surgiu na Idade Moderna, uma fase histórica em termos do desenvolvimento e da evolução humana. Sabiamente, o mestre defendia que o mundo dos nossos dias não é moderno, contudo, contemporâneo. A turma levantou celeuma e sussurro que encheram a sala. Os discentes eram de opinião contrária à do seu mestre.

Nós vivemos no mundo moderno. Ora essa, o mundo moderno já lá se foi com a História, com a evolução do Homem. Todavia, para mim também, julgo que o mundo dos nossos dias é moderno, o que é o mesmo que é o mundo do momento, do nosso tempo. O mestre entende o mundo moderno num outro prisma, num outro contexto, contexto este, histórico. O que aconteceu foi que os discentes engoliram em seco. O mundo do nosso tempo é moderno, é contemporâneo, sim senhor! Uma questão polémica? Que o digam os mais sabidos.

Muita lei que é elaborada pelos nossos legisladores, ali na magna sala, sita no Alto Maé, nem é cumprida por todos nós, sobretudo quando ela versa e traça obrigações, quando dita deveres, pois, subjaze uma sanção para os prevaricadores. Outros escudam-se, evocando ignorância. “Eu não sabia que isto era proibido. Que culpa tenho eu?” – questiona o pacato cidadão. Feliz ou infelizmente, a ignorância da lei não isenta ou não justifica a falta do seu cumprimento, e nem sequer isenta as pessoas das sanções nela anexas.    

Se cada um conduzisse o seu carro como lhe aprouvesse, aonde iríamos parar? O que seria de nós? Em que mundo dos humanos se vive sem regras de conduta, sem sanções para os agressores das convenções? Há? Não!

Por conseguinte, há que tomar medidas que possam ser válidas para mitigar e reduzir acidentes de viação que, em condições normais, constituem um mal evitável, um mal cuja solução está nas cabeças de qualquer cidadão, bastando chamar a si a responsabilidade que tem ao conduzir um veículo motorizado, quer seja particular, quer seja de transporte público ou semicolectivo, o vulgo “chapa 100”.

O mais triste é que as pessoas encontradas em condução com álcool na cabeça e instadas a prestarem o teste de alcoolemia, armam uma bagunça como se fossem chamados ao serviço militar em tempo de guerra. As medidas repressivas precisam-se para casos extremos como este de indisciplina por não cumprimento das regras de condução automóvel. “Dura lex, rede lex” – a lei é dura, mas é lei, deve ser cumprida por qualquer um.

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