- Se uma mulher sozinha já é forte, imagina a força que têm todas as mulheres unidas. Karyne Santiago
O excessivo culto ao “eu”, que resulta na ridicularização ou menosprezo do próximo, torna a vida da mulher cada vez mais difícil. A sociedade está gravemente infestada de comportamentos vis e machistas. Ostentar a marca de “pegador” transformou-se para muitos numa meta de vida, facto que – ao que parece – massageia o ego dos indivíduos do sexo masculino.
Apenas para se ter uma ideia, hoje em dia, caminhar pelos passeios da cidade de Maputo transformou-se num exercício pouco aprazível. Olhares fulminantes vêm acompanhados de notas dissonantes que nos chegam em forma de frases desrespeitosas, tais como “hi leyo n’tanga yaku” ou “hilexu axipitana”, o que na gíria popular significa “está aí a mulher que se encaixa no teu perfil” ou “para ti”.
Facto preocupante é a pressuposição de uma concórdia entre as partes, em termos de intenções, para além da existência – assim entendo – de uma tendência que me parece heriditarizada de associar a figura da mulher a uma relação carnal. Isto leva-me a levantar a seguinte questão: estará a sociedade ciente da significação que se está a dar à Mulher nos tempos que correm? Leia mais…
Por Carol Banze
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