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Dois Recados: Vários Destinatários!

Por admin

“Também desprezaram a terra aprazível e não deram crédito a sua palavra” Sl 106:24 “O homem violento alicia o seu companheiro e guia-o por um caminho que não é bom.” 

PRIMEIRO:Por diversas razões que não cabe a mim explicar, o nosso Pais divide-se em três Regiões, a saber: Região Norte: (Niassa, Cabo Delgado e Nampula); Região Centro: (Zambézia, Tete, Manica e Sofala); Região Sul: (Inhambane, Gaza, Maputo Província e Maputo Cidade). Culturalmente e no que tange àquilo que se usa chamar de Música Ligeira Moçambicana, podemos afirmar com bastante orgulho que em cada uma dessas Regiões, existem executantes exímios nesse ramo. Estamos a falar dos Conjuntos os MASSUCOS em Niassa, que passearam a sua classe por vários Países do mundo onde arrancaram elogios e admiração, como nossos embaixadores culturais com muito orgulho.

No decurso do X Congresso da FRELIMO, quando chegou a vez da Delegação da Província de Cabo Delgado saudar os Congressistas, surpreendentemente, um agrupamento musical, cujo nome não consegui registar, “obrigou” a que todos os mais de Quatro mil participante, (incluídos convidados estrangeiros), girassem em movimentos rítmicos em obediência à “comichão” provocada pelos acordes e “dudúns” instrumentais daquele grupo musical. Acredito que o mesmo ainda não escalou a cidade de Maputo. Em Nampula, o EUPHURU é uma autoridade nesse tipo de música, acompanhado pela incontornável Zeyna Bakar. No Centro, mais concretamente na Cidade da Beira, os “DJAKAS”, são uma referência obrigatória nesse estilo de Música. E finalmente no Sul, temos uma amálgama de conjuntos quer da nova geração quer da chamada Velha Guarda, dando como exemplo os “GOROWANES” que dispensam apresentação.

Isto sem falar de artistas a Solo, casos da Júlia Duarte, Teresa Wafiro, Júlia Mwito, Neyma Alfredo, Marlene, Lilocas, Lisa James, Gabriela, Mingas, Elvira Viegas, Gueguê, Elsa Mangue, Helena Nyantumbo, ex-Miss Zava, Mis Didi, Jenny, Noémia, Mimae, Domingas e Belita, (isto no Feminino) e Xidiminguana, Willy e Aníbal, Félix Moyo, Hortênsio Langa, Wazimbo, Stwart Sukuma, Magid Mussa, Aly Faque, os irmãos Alexandre e Simião Mazuze (Salimo Muhamed), ZIQO, Ta Basile, Valdemiro José, Mister Bawu, MC Roger, Hermínio, Rui Michele, Tinito, (isto no Masculino).

E só como amostra. Qualquer um daqueles e de muitos outros também bons não mencionados aqui por mera questão de espaço, teriam dançado, cantado e encantado e teriam proporcionado um espectáculo à altura dos Espectadores. Em vez disso, os Grandes “Bosses” da Cultura na Cidade, decidiram mandar passear os nossos artistas, o que equivale a mandar bugiar a nossa cultura justamente no dia em que se comemorava o 125º. Aniversário do Santuário das Cidades Moçambicanas: Maputo, e ao invés, “importaram” os “Kalibrados” de Angola, donde poucos ou nenhum dos nossos músicos alguma vez foi convidado para um intercâmbio. A mim e não só, esse gesto caiu-me muito mal. Afinal, onde está a nossa auto estima, o orgulho de sermosMoçambicanos,o Produza e Coma Moçambique? Quem disse a esses “Bosses” que os nossos compatriotas artistas valiam menos que os tais Kaibrados? O que significou a presença daqueles gingões aqui no dia da nossa cidade? Que eles são mais importantes que nenhum dos nossos? Para mim, os “Bosses” da Cidade são pessoasde baixa auto-estima que valorizamos seus defeitos e desvalorizamas suas qualidades. Não sentem o mesmo que eu sinto, a felicidade que eu gozo de pertencerà esta terra.Que maravilha de manifestarmos a nossasimplicidadee alegriagenuínas!?Valorizemosanossa cultura Moçambicana, “Bosses” aplaudamos e nos alimentemos desses sentimentos cantados com vozes tão doces e com pessoas tão ternascomo os nossos Artistas de ambos os sexos.Kalibrados? O que é isso!!!?? Aprendam a amar e a ser patriotas senhoras e senhores que dirigem a nossa Cultura na Cidade, Okey?

 SEGUNDO: Este destina-se para o Rei da Casa Banana e de Sitatonga com os seus apaniguados. Se existeum tipo de Pessoasque me incomodamprofundamente é otipofilhinho da mamã. Todo mimadinho. Para mim esse tipo específico é um estorvo. É perito em estragar, um trabalhoeuma Pazem tempo recorde.Ele nada mais é,queum ser deprimente que teve o carácter construído à base de muita paparicação da Mãezinha. E como tal, tudo nasua vida gira em torno de seu umbigo e das suas chantagens emocionais, ameaças e, claro, muitos joguinhos de cena. Uma desgraça em pessoa. Perdida a mãe, é o seu fim do mundo. A alma da defunta estará sempre presente. Será o seu talismã, como se só ele tivesse tido o privilégio de nascer duma mãe e todo os outros tivessem vindo ao mundo através da uretra do pai. Ai vai o perfil e o fim do nosso Rei das Selvas:

Conta-se que na Pérsia antiga vivia um rei chamado Zemir. Coroado muito jovem julgou-se na obrigação de instruir-se: reuniu em torno de si numerosos eruditos provenientes de todos os Países e pediu-lhes que editassem para ele a História da Humanidade. Todos os eruditos se concentraram, portanto, nesse estudo.
Vinte anos se escoaram no preparo da edição. Finalmente, dirigiram-se aoPalácio, carregados de quinhentos volumes acomodados no dorso de doze camelos.O rei Zemir havia, então, passado dos quarenta anos.”Já estou velho,” disse ele.

“Não terei tempo de ler tudo isso antes da minha morte. Nessas condições, por favor, preparai-me uma edição resumida.”Por mais vinte anos trabalharam os eruditos na feitura dos livros e voltaram ao Palácio com três camelos apenas.Mas o rei envelhecera muito. Com quase sessenta anos, sentia-se enfraquecido:
 “Não me é possível ler todos esses livros. Por favor, fazei-me deles uma versão ainda mais sucinta.”Os eruditos labutaram mais dez anos e depois voltaram com um elefante carregado das suas obras.Mas a essa altura, com mais de setenta anos, quase cego, o rei não podia mesmo ler.

Pediu, então, uma edição ainda mais abreviada. Os eruditos também tinham envelhecido. Concentraram-se por mais cinco anos e, momentos antes da morte do monarca, voltaram com um volume só.
 “Morrerei, portanto, sem nado conhecer da História do Homem – disse ele.”
À sua cabeceira, o mais idoso dos eruditos respondeu:”Vou explicar-vos em três palavras a História do Homem: o Homem nasce, sofre e, finalmente, morre.”
Nesse instante o rei expirou.Moral da estória: “Quem muito pede, nada recebe”. Ou como se diz num bom português: “Quem muito pede, muito fede”

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