Opinião

DHLAKAMA VÍTIMA DE SI MESMO!

Afonso Dhlakama, convocou, na quinta-feira, 22 de Maio, uma conferencia de imprensa via telefone para dizer que “tomei esta iniciativa para informar ao publico e a comunidade internacional que quero sair de gorongoza, quero começar a andar, já demonstrei que tenho essa vontade de começar a estar com a família e amigos na cidade” ora, a ser assim, o que faltará ao líder da Renamo para juntar-se a família e aos amigos na cidade? Não pode ser a existência das FADM em Gorongoza, uma vez que, elas, as FADM, estão em todo o território nacional, Afonso Dhlakama, tal como o fez para se recensear, também pode retornar para onde quiser, desde que, se comprometa a viver com urbanidade, respeitando as regras de convivência urbana, aqui não temos guardas armados para cada dirigente, todos temos a PRM como nossa garantia de segurança e ordem públicas, contudo, reconhecendo que, Afonso Dhlakama não é um cidadão qualquer, acredito que, nas mesmas condições em que saiu pode retornar a casa, a família o espera e os amigos agradecem!

O Líder da Renamo, Afonso Dhlakama, parece ser vítima de si próprio e do seu partido, se estamos recordados, Afonso Dhlakama saiu da cidade de Maputo rumo a cidade nortenha de Nampula de livre e espontânea vontade, na ocasião, nem aos vizinhos despediu, dali rumou a Gorongoza de livre e espontânea vontade, no caso específico de Gorongoza, primeiro para comemorar a data da morte do 1º presidente da Renamo André Matsangaissa e depois, decidiu por lá permanecer para reivindicar uma “nova ordem política nacional”, através de ameaças de “incendiar” o país inteiro ou dividir, onde ele fica com uma parte e a outra sob gestão do governo eleito, na Gorongoza começou com um grupo de homens em treinamento, depois ordenou o reagrupamento de vários outros em diferentes partes do País, a tudo isto, as Forças de Defesa e Segurança respondeu com um acompanhamento sem interferência, contudo, quando a situação se mostrou incontornável, as FADM agiram e a Renamo ripostou, de guardas que dizia possuir, passamos a ter homens armados e devidamente equipados e com logística de comunicação em todo o território nacional.

Muitos concidadãos nossos consideraram que a existência de homens armados da Renamo era pura “falácia” simplesmente, este sector de opinião não se mostra indignada com as actuais exigências de “paridade” quer nas FADS quer na PRM mas, exigem do governo a satisfação de tudo quanto venha deste partido armado nacional, num puro exercício de demagogia, aliás, neste particular, enfoque vai para a liderança das organizações da sociedade civil que, á excepção de FONGA – Fórum das Organizações não Governamentais de Gaza, nenhuma outra organização em momento algum condenou os actos bárbaros perpetrados pela Renamo contra propriedade privada e publica e contra os cidadãos, chegando a considerar a sua acção como normal no quadro da democracia em construção, o que me parece extremamente perigoso.

Repito, Afonso Dhlakama é vitima de si próprio mas, querendo, como se manifestou a 22 do corrente, creio não ser necessário exigir condições previa para o seu retorno para junto da família e amigos, sob pena de arrastar por muito tempo o seu retorno, avise que regressa e as pessoas interessadas o irão esperar no lugar previamente estabelecido, avise as autoridades através do seu gabinete por forma a que as FADM não considerem a movimentação da sua segurança mais um acto de desestabilização contra as populações, creio que a sede da Renamo sabe como lidar com esse assunto. Dizia num programa de televisão que Afonso Dhlakama deve retornar o mais breve quanto possível se quer continuar a liderar a Renamo, existe um foco de instabilidade interna muito forte acompanhado de alguma desinformação, se o líder da Renamo diz que não é candidato, me parece não ser esse o entendimento do Secretário-geral da Renamo e tão pouco o sector Parlamentar, mais tempo e menos tempo nas matas pode ser perigosos na continuidade de liderança, senhor Presidente da Renamo o seu retorno a família e amigos era para ontem, regresse o quanto mais rápido possível, sob pena de continuar a “cavar e enterrar” a sua carreira política e, por conseguinte, vitima de si mesmo!

Adelino Buque

 

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