Opinião

Desarmar a Renamo é uma questão de direito

Em primeiro de tudo a reforma do do estado a ter lugar, é da competência do estado sob a tutela do Ministério da Administração Estatal, e Função Pública,e esta não acontece para acomodar interesses político partidários, mas facilitar a administração pública, para melhor gestão dos assuntos do estado.

Não é do interesse do estado nem dos moçambicanos transformar o resultado das eleições presidenciais de Outubro passado em referendum , até porque têm legislação diferente.Dlhakama e a Renamo devem reconhecer a derrota eleitoral e nada mais.

Ao meu ver se as forças residuais da Renamo constituem a espinha dorsal de toda a política de chantagem, desestabilização sócio política e económica em Moçambique, é dever das FADAM,e do comando militar conjunto da Sadac, desmantelá-las sem comiseração.Se não querem ser integradas nas forças armadas,as FADAM chefiadas pelo Comandante em chefe das forças armadas o presidente Filipe Nyussi,podem dar inicio a uma acção militar preventiva, em defesa da integridade  do território nacional  contra qualquer tentativa de subtrair a unidade nacional.O estado deve ser estado, implacável, magnânimo, e providencial quanto deve ser.Porque temos de ter uma perigosa caixa de pandora quando podemos destruí-la?

A ser verdade que em Tsangano,Tete a Renamo atacou os nossos soldados, posso sem ironia lembrar , que se o presidente Armando Guebuza quando achou necessário mandou tomar Sandjudira, agora ,para o bem da paz e do desenvolvimento os moçambicanos exigem o desarmamento da Renamo à bem ou à força, sem concessões de espécie alguma.

Nunca se  tratou de falta de capacidade, mas de precisão e paciência a espera da hora certa.Somos pela paz e contra a guerra , contudo não nos podemos calar, face à descortinada ameaça , contra a soberania, harmonia nacional, e contra a consolidação da democracia.A política vive-se de activismo, humanismo, vitórias e derrotas.Dlhakama recorre-se a arrazoadosde mentiras, para justificar a alienação étnica tribal, como arma de distorção da constituição, com a intenção de dividir a Nação, para  fins económicos.Na sua tentativa de assalto ao poder a qualquer preço, faz com que na sua mente, eleições,diálogo e todo processo  relativo aos pedido de desarmamento e alteração de comportamento, assim como a democracia no seu todo, sejam meros instumentos de manobras dilatórias e entrentenimento politico.Em cinco eleições repete a mesma mentira, a ver se transforma  a mentira em verdade.

.Um dos pasquins cá do burgo ligado a oposição atreveu-se a legitimar a reivindicação da Renamo nas provincias onde afirma ter ganho no voto popular,… mas não foi o voto popular a legitimar a governação de Filipe Nyusi, e do partido Frelimo? Na América quem ganha as eleições não é o voto popular, mas  os votos do Colégio eleitoral, isto porque existe uma constituição que os actores politicos respeitam.Moçambique também tem a sua Constituição, que diz que quem ganha as presidenciais nomeia os governadores provinciais.

O governo deve ser firme na defesa dos interesses do estado,ou então não temos estado!..O nosso estado não pode assobiar ao lado a ameaça à segurança do estado.Ou temos um estado de leis, ou caímos no abismo.Estamos interessados na consolidação da democracia, e somos contra  interesses individualistas,a mando de estrangeiros.

Delírios de loucos, ressabiados, desesperados ou não, a Renamo continua armada, é dever do estado desarmá-la a bem ou a mal, em nome da lei e da honra.Tudo isto enfraquece o regime legal, e cria rápidamente uma noção perigosa de impunidade. Há limites para o que se deve dizer, especialmente em público.No final todos os limites de tolerância politica, legal e militar foram ultrapassados.

Unidade Nacional, Paz e Progresso

Inácio Natividade

Enquanto escrevo o  texto chega-me a noticia do consenso entre Governo e Renamo no que tange ao diálogo sobre a despartidarizaçãodo aparelho do estado. Fico a aguardar mais desenvolvimentos.

PS.Como autor do texto reservo-me no direito de não permitir que o texto seja reproduzido na rede social, na ferramenta de busca google por qualquer blog que nao seja o jornal domingo.

Inácio Natividade

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