Pátria amada, viva e altiva escultura africana semeada em terra verdes e formosas,
Terra da Frelimo, de Mondlane, Samora, Chissano, Guebuza e de todos os heróis que pela pátria sucumbiram, e na bandeira imortalizados como expoentes de uma Nação em movimento;
Fontes de inspiração de uma amanhã que pontifica, na herança do amor sem margem de uma juventude que se desprende ante sorriso aberto de milhões de crianças.
Do Rovuma ao Maputoe do Indico o Buzi, terra da democracia em sinfonia com um parlamento em harmonia pintada em cores multipartidárias.
Moçambique amor pátrio, voz corrente, e do passado esgrimindo candeias que não apagam testemunhos do passado, presente futuro e o além futuro.
Cheiros que me habitam, vozes encantos que me perseguem, amor ardente e saudade delirante; dor perene, pontiaguda e finalmente dilacerante, e que vai latejando amarguras de saudosismo p’las ruas cinzentas da diáspora,… vai espalhando a mensagem de uma pátria que aos 37 anos, luz como diamante raro, deificado p’los filhos…
desejado, procurado, idolatrado por milhões, que de lá ao longe, almejam p’lo murmúrio das águas quentes das nossas praias, p’la grandeza do nosso sol, o pacifismo das nossas gentes.
Apesar das tremuras nas milengas devido a endemias, a luta contra a pobreza, injustiça social económica e contra o analfabetismo continuam a ser a cartilha presente em todos os quadrantes e prioridade dos que governam.
Pátria minha, terra de grandes riquezas, de vales rios e enseadas; recheios de arrozais, desde o Chokue ao vale do Zambeze e Gaza; algodão, chá e tabaco em Namialo, Malema e Ribaue em Nampula, Niassa e a sua fruta madura, Inhambane e Cabo Delgado terras do gás natural, minas de carvão e pedras preciosas e semi-preciosas que se espalham desde Tete a Sofala e Manica a industrial Maputo.
Terra adornada de florestas com madeiras preciosas e fauna animal, um Indico que não cansa de em ser um adorno de praias, e manancial de uma fauna marítima que não se esgota.
Moçambique, pátria amada, serás sempre o herói das minhas aventuras.Um rosto aberto sobre o mar, espelho do que já fui.
Um rio de interrogações por onde ando e vou E sempre, mas sempre, um porto firme para os meus sonhos…
Inácio Natividade
