A Campanha eleitoral, para as autarquias de 20 de Novembro de 13, será recordada pela negativa, devido aos acontecimentos da Munhava onde, no casual encontro de caravanas, resultou um vandalismo sem precedentes, é preciso que se diga, melhor, que se questione, quem queimou viaturas que circulavam na via pública de Munhava? Quem se dirigiu a sede de outro partido para vandalizar as instalações alheias? Quem apedrejou a quem? Estas três perguntas, respondidas com honestidade, levam-nos ao verdadeiro responsável pelo vandalismo que se verificou na Munhava, vamos as respostas.
Infelizmente, a resposta a duas perguntas iniciais é de que foi o Partido de Davis Simango que queimou as viaturas contendo material de propaganda do Partido Frelimo, foi o Partido de Davis Simango que através dos seus militantes invadiu a sede do partido Frelimo e a vandalizou naquela parcela da cidade da Beira, ferindo, inclusivamente o candidato daquela formação politica, ferimentos esses a que o Presidente do Movimento Democrático de Moçambique considerou de teatral! Apesar de, diferentes órgãos de comunicação social terem mostrado imagens de gente com sangue a jorrar. Esta é, a pura verdade.
Relativamente a terceira questão, pessoalmente, penso que, as pedras foram atiradas de ambos lados em sinal de defesa ou seja, tanto os membros do Partido Frelimo quanto os do Movimento Democrático de Moçambique fizeram o uso de pedras como forma de atingir outrem, assim sendo é de condenar as atitudes daquele Partido Politico que se regozija de não ser de origem armada e, constituída por maioritariamente dissidentes do Partido Renamo que, como se sabe, protagonizou uma guerra de desestabilização durante os 16 anos que culminaram com o Acordo Geral de Paz cujos conteúdos estão na actual constituição da Republica de 2004.
É preciso reconhecer o esforço do Movimento Democrático de Moçambique naquilo que se refere a contribuição no processo democrático nacional, por exemplo a quebra da bipolar idade parlamentar e na actual participação nas autarquias de 2013, infelizmente, essa participação é feita na base de um eleitorado que pertence ao partido Renamo com todos os vícios que lhe são reconhecidos, condenar as atitudes dos apoiantes do Movimento Democrático de Moçambique é, na minha opinião, ajudar o Partido de Davis Simango a crescer e consolidar-se como partido politico, deixar passar os actos de vandalismo por si protagonizados seria a incubação de um monstro que, no futuro, será de difícil destruição, por isso, a bem da democracia nacional e pelo crescimento politico do próprio MDM é preciso chamar a razão.
Esta chamar á razão não significa necessariamente responsabilizar o MDM do ponto de vista material, até porque a PRM na sua acção de controlo de segurança e ordem pública terá detido pessoas que estiveram a frente desse vandalismo, o MDM deve ser responsabilizado moralmente pelo vandalismo da Munhava, devemos dizer de forma clara e sem reticências que condenamos o vandalismo praticado por simpatizantes do MDM na Munhava e, no lugar de se justificar, o Davis Simango deve pedir desculpas públicas devido as escaramuças protagonizadas pelos seus apoiantes.
Uma nota interessante no episódio da Munhava, a maior parte das pessoas entrevistadas no Hospital da Beira estavam na Munhava a fazer negócio informal ou seja, ou estavam a vender comida, bebida ou outros bens que poderiam interessar aos participantes do Showmicio, caso para dizer que, as multidões nem sempre são sinónimo de adesão, existem interesses colaterais que não conflituando com os objectivos do comício acabam coabitando, ainda bem que é assim!
