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Armemos a nossa juventude

Por admin

As bibliotecas ambulantes, não só do passado de exploração, humilhação, discriminação e massacre dos Filhos desta  Terra amada, e que directa ou indirectamente, entregaram a sua juventude, as suas vidas e lutaram para que hoje fôssemos um Povo livre e independente, as bibliotecas ambulantes que sou eu, é você e todos esses, em algum momento, com dor e apreensão, teremos que 

aceitar que, a passagem do testemunho dessas memórias, se por um lado se pretende e se obriga que seja permanente, sob o risco de termos uma juventude vulnerável e totalmente desprovida de argumentos que fortaleçam as suas convicções obrigações de lutar não só pela defesa como também pelo  desenvolvimento deste Bem Soberano que se chama Moçambique,  por outro lado,  dia após dia nos apercebemos da divergência que se  avoluma entre as memórias dessas bibliotecas e as memórias desse segmento tão vital no nosso Povo, que com os olhos  postos no futuro, carinhosamente lhe apelidamos de, Seiva da Naçāo!
    Este segmento tão precioso para o presente e para o futuro do nosso Povo e da nossa Nação, constitui um quadro preto, que a todo instante e em toda a sua extensão e superfície, deve trazer inscrita com letras indeléveis a história do sofrimento e de luta do seu Povo, história que traduza a essência das convicções que devem mobilizar a cada um e a todos nós a encontrar sempre o sentido de orientação sobre donde viemos e para onde pretendemos caminhar. De contrário, veremos esse quadro literalmente profanado, onde os sinais de determinação e de luta,  darão  lugar ao desânimo e à conformação.    É bem sintomática e estranha a forma como,  silenciosos e apáticos, assistimos hoje, a toda uma camuflada ofensiva contra tudo o que simboliza a história de resistência e de luta deste Povo, com o objectivo único de esvaziá-la do seu conteúdo, instalar o descrédito e por essa via desmobilizar e mobilizar.
    Como é que se pode aceitar que num País Independente e Soberano, o desrespeito e a afronta se dêem ao luxo de até criar órgãos de comunicação social pura e
exclusivamente dedicados a, de uma forma sistemática e gratuita, e todos os dias, banalizar, caluniar tudo e todos, onde até os Presidentes e particularmente esses e suas famílias não escapam! Se mesmo esses, que pelo seu exemplo,  dedicação e entrega na luta e libertação desta Terra, são diariamente insultados e desrespeitados, o que é que nos resta como Povo? Onde é que se situa o orgulho da nossa Nação e qual é a mensagem que se passa para os nossos jovens?
Chamaremos a tudo isto, democracia e liberdade de imprensa?
    Li por ai alguns escritos de um conceituado escritor da nossa praça que afirma estar em carteira e como matéria do seu próximo livro,  provar que Ngungunhana não foi nenhum herói  que foi talvez   um  atrevido e aventureiro que preferiu morrer selvagem a ser civilizado.  Por essa via, a tiragem a seguir talvez nos dirá que mesmo Eduardo Mondlana, Samora Machel, a Luta de  Libertação,  não passaram de uma miragem cuja memória importa apagar.
Que viva e se reforce a democracia no nosso País. Que, através da liberdade de imprensa que todos nós conquistámos,  os moçambicanos se exprimam livremente,  mas sempre no amor, e na convicção de que todos nós, temos um dom especial, um dom que  nos impele e nos assegura a todo o momento que com as nossos ideias, a nossa inteligência, a nossa força,  e os nossos gestos, podemos fazer a diferença, e que nas  nossas  relações, e de uma maneira especial, saibamos transmitir a mensagem de que todos nós, juntos, podemos fazer um Moçambique melhor. Decididamente ergamo-nos contra toda esta onda que pretende  dividir-nos, perverter os bons  costumes que nos caracterizam como um Povo pacífico e batalhador, a começar por esses jornais que no lugar de falar dos sucessos que logramos nas várias esferas da nossa vida, procuram sempre deitar-nos abaixo. Vieram cheias, tiraram-nos tudo o que havíamos conquistado, mas com a nossa determinação,  pedra a pedra ergueremos tudo de novo, tal como o fizemos em 2001 e 2002,  continuaremos a merecer respeito aos olhos do Mundo ,,ainda que para os apóstolos da desgraça, que vivem com as cabeças enterradas na terra, isso nada signifique e jamais significará.
Armemos a nossa juventude com exemplos e sentido de Pátria, que a vitória, nas batalhas naturais e artificiais que nos esperam, será sempre nossa.

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