“Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam 1Cor. 10:23
Neste meu “cantinho de amizade” do último “DOMINGO”, levantei a questão do esquecimento em que na minha despretensiosa opinião, a chamada “Terceira Idade”está votada no nosso Pais, nos “programas televisivos”. Ao longo da semana, fui cogitando e reflectindo seriamente e com toda serenidade nesses Programas, e cheguei à triste conclusão de que infelizmente, afinal, o voto à exclusão não é somente com relação à minha/nossa faixa etária, mas também para as crianças e porque não, mesmo para os adolescentes. Senão vejamos: os meus netos (alguns ainda crianças e outros adolescentes), não só meus mas de um modo comum, todas outras crianças e adolescentes são obrigadas a “ingerir” programas que não se adequam com a sua condição de “pedras ainda por lapidar”. Todos os dias, as famílias, (avôs, pais, noras, netos etc.), sentadas na mesma sala nos mesmos sofás, olhando para a pequena “máquina maravilha”, sintonizam e todos assistem os mesmos programas televisivos. Cutucam-se com os cotovelos e com os ombros, batem palmas, esfregam-se e riem-se estridentemente, e comungam o mesmo ar de possuídos deixando-se embalar de contente por programas e malabarismos de artistas que são “servidos” pelas telas das Televisões. As minhas netinhas até vão mais longe: Levantam-se dos sofás, posicionam-se em frente do meu nariz e com agilidade, ingenuidade e inocência próprias da sua idade, encarnam vivamente as duas frenéticas bailarinas protagonistas da famosa canção e música “Masingitane” do grande vencedor de Prémios da actualidade: o ”Mr. Bow!”, ou pior ainda a escandalosa dança rocambolesca “vukuvuku” da irreverente “Melancia de Moz”!Atenção: Não estou contra o sucesso destes artistas ou contra qualquer outro do seu estilo musical. Pelo contrário, dou-lhes força e os meus parabéns pelos sucessos alcançados. O que estou pretendendo dizer (e nisso insistirei sempre), é que, nem todos os programas e ou danças são apropriados para certas idades. O conflito de gerações é, infelizmente, uma realidade; uma realidade que foi criada há muito tempo e que, ainda neste século XXI, ainda não foi ultrapassada. Os Nigerianos por exemplo, (mas não só), em todos os seus programas chamam a atenção aos telespectadores. No canto superior direito das Televisões vem um aviso: “atenção, este programa é para maiores de … anos de idade”, conforme o caso. Aí, a responsabilidade é dos Pais e ouEncarregados de Educação, deixar ou não as crianças assistirem, tendo em conta que elas também têm os seus ”Direitos e Deveres” e, cada geração possui lições valiosas para ensinar umas às outras. Já na cultura japonesa, acredita-se que certas faixas etárias são consideradas de azar e que as pessoas ficam mais susceptíveis a desgraças, infortúnios ou doenças, ou seja para eles (Japoneses), existem idades especiais, algumas comemorativas, outras de azar.Pode ser que para nós olhemos para isso como mera superstição, porém os japoneses acreditam de verdade nas idades críticas, devido a muitas coincidências de pessoas que passam por problemas nessas idades, tanto na saúde como na vida financeira e profissional. Finalmente repito, todos somos responsáveis por transmitir valores morais aos nossos herdeiros, mas, de um modo particular, o Governo, através doGabinete de Informação, (GABINFO), do Ministério da Cultura e Turismo e porque não do Conselho Superior da Comunicação Social – CSCS, este último como órgão de disciplina e de consulta, têm o dever de normar a exibição de certas actividades culturais, nem que seja do tipo do aviso irónico, aos fumadores que diz: “Fume os cigarros de marca…., porém, fumar prejudica gravemente a sua saúde e a dos que o rodeiam”. Aí, não seria por falta de aviso. É ou não é!?