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A RENAMO E O SÓSIA DE TITO FLÁVIO JOSEFO

Por Idnórcio Muchanga

“Porquanto não há nada oculto que não venha a ser revelado, e nada escondido que não venha a ser conhecido e trazido à luz”. Lucas 8:17

A história da humanidade tem, muitas vezes surpreendido-nos com acontecimentos e episódios que se repetem de quando em vez, umas vezes com pequenos intervalos outras vezes com intervalos que chegam a ser de séculos ou mesmo de milénios mas com uma espantosa fidelidade. Aliás, os iniciados em esoterismo, asseguram-nos que não existe nada de novo debaixo do sol e que todos nós estaremos repetindo algo que outras pessoas já fizeram ou falaram algures, antes de nós. Há depois, aquelateoria segundo a qual pelo mundo fora existem 7  (sete), sósias de cada pessoa, isto é, alguém sósia, (lê-se sózia), que é uma cópia perfeita da outra, com os mesmos hábitos, os mesmos costumes e os mesmos gostos na gastronomia, no vestir e no pensar, enfim igual em tudo. Podemos trazer como exemplo a história vivenciada por um britânico chamado Neil Douglas, numa viagem. Diz ele:"Fui o último a entrar num avião e já estava um homem sentado na minha poltrona. Pedi para ele sair e, quando ele se virou, percebi que o seu rosto era igual ao meu. Todos os passageiros olharam para nós e riram", diz o Britânico. As coincidências continuaram e, sem saber, os dois homens estavam hospedados no mesmo hotel. Mais tarde, os seus caminhos cruzaram-se num Bar e eles acabaram tomando umas bebidas juntos. Não é que a história semelhante a do britânico Neil Douglas deu-se no nosso Pais com um tal JOSEFO de Sousa, guerrilheiro da RENAMO, dado como assassinado por sete balas, e que na altura da suposta morte ostentava a patente de Brigadeiro. Ressurgiria cinco meses depois com os ombros mais pesados de insígnias, já patenteado de Major General. A desventura do nosso compatriota Brigadeiro ou Major General JOSEFO de Sousa, coincide sobremaneira com a de um outro JOSEFO, mas desta feita um hebreu transformado em cidadão Romano e que aconteceu nos princípios da Nossa Era, entre os anos 37 e 100 em Jerusalém. Conhecido inicialmente pelo seu nome hebraico de YOSEF ben Mattityahu, depois que se tornou cidadão romano pela “assimilação”, ficou Tito Flávio JOSEFO.A história desse homem começou assim: em 66 d.C, irrompeu uma revolta dos judeus contra os romanos, e JOSEFO, (nessa altura ainda YOSEF bem  Mattityahu), foi enviado para dirigir as operações contra os dominadores, na turbulenta Galileia. Aí ele logrou algumas vitórias, mas logo foi derrotado, rendendo-se ao exército romano. Finda a guerra, foi conduzido a Roma, onde lhe conferiram a cidadania romana e também uma pensão do Estado, época em que lhe foi dado o nome romano de Tito Flávio JOSEFO. Ele viveu em Roma até o fim de sua vida, escrevendo uma obra “A Guerra dos Judeus ou A Guerra Judaica” que, depois da Bíblia, é a maior fonte de informações sobre os impérios da antiguidade, sobre o povo Judeu e sobre o Império Romano, atravessando os séculos e chegando até aos nossos dias. Como podemos constatar pelos relatos das histórias dos dois JOSEFOS, assuas (deles) vidas foram recheadas de ambiguidades. Para os críticos, do JOSEFO Judaico-Romano, ele nunca explicou satisfatoriamente os seus actos durante a Guerra Judaica — como por exemplo porque ele não teria cometido suicídio na Galileia, como os seus companheiros o fizeram, e por que, depois da sua captura pelos Romanos, aceitou trocar a cidadania judaica pela Romana. Também a história do JOSEFO Moçambicano, é recheada de ambiguidades com uma semelhança extraordinária com a do seu (dele) sósia judaico-romano. É que, a “estória” do desaparecimento temporário do JOSEFO Sousa, apresenta “nuances” de malabarismo e manipulação. Não ficou claro até agora como é que um oficial de alta patente, (um General), habituado a travar duros massacres as populações indefesas, apresenta-se ao público meio sonolento, com ares de quem parece ter passado por uma lavagem cerebral, disposto a convencer os seus interlocutores a aceitar balelas sem nexo, como aquela de ter-se esquecido da sua família durante cinco meses, devido ao facto de ter-se despedido do seu “único” meio de contacto nos dias que correm: o Celular); que decidiu dar um mergulho numa lagoa cheia de crocodilos e hipopótamos famintos que ninguém até hoje ousou afrontar essas alimárias! Aqui há qualquer coisa que não bate bem! Um chefe de família que desaparece durante cinco meses para reaparecer sem saber onde estava! Mistério!!! Ou nós o Povo é que somos confusos e ignorantes de assuntos de guerrilhas. De toda a maneira, um dia a verdadeira verdade virá ao de cima. Esperemos para ver.

Por Kandiyane Wa Matuva Kandiya
nyangatane@gmail.com

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