Opinião

A FÁBULA DAS DUAS CABRAS ou DE QUANDO A FALAR É QUE A GENTE SE ENTENDE

“Quando, porém, ouvirdes falar de guerras e rumores de guerras, não vos assusteis; é necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim…Estas coisas são o princípio das dores”. Marcos 13:7-8

Hoje serei muito breve. Tão breve quanto dura tudo o que é bom. Porque, como diz o Pensador:tudo que é bom dura o tempo necessário para ser inesquecível!”. Hoje serei muito breve não por falta de palavras, mas por desmotivação devido ao estranho desaparecimento nas matas de Sanjungira (ou Satungira!?), do Líder do chamado “Maior Partido Armado na Oposição”. Serei breve porque não compreendo como é que um General de muitas Estrelas, desaparece sem deixar rasto do luzir de pelo menos uma das caudas das suas várias estrelas a assinalar por onde passou. Serei breve porque sei que o seu desaparecimento de maneira nenhuma marca o seu fim, pelo contrário, marca, isso sim, o início de uma nova jornada cheia de especulações e incógnitas. Pai duma grande Dama como é o caso da “Dona Democracia”, nunca pode desaparecer sem deixar sinais. Como diz uma cancão Tsonga: “loku mina nzifa, nanzi sile vana, vata sala vaku ku wa hi kona mani”. (Se eu morrer e deixar filhos, ficarão sempre a lembrarem-se de alguém que aqui esteve). Os indícios que os Mídias nos dão agora, do lugar onde o líder supostamente vivia nestes últimos dozes meses, mostram-nos uma vetusta habitação de um FAQUIR, esse verdadeiro “Profeta da Fome”,mendicante que, na Índia, vive uma vida de ascetismo, fazendo jejum, submetendo-se a sofrimentos e privações como forma de adquirir controlo espiritual sobre os próprios sentidos, incluindo um catre que só lhe faltaram pregos, contrastando com a vida de opulência que os mesmos Mídias nos deixavam ver, quando o Líder, qual solicito anfitrião, obsequiava os seus hóspedes com manjares colhidos da sua própria horta, neste momento também a horta é invisível.O Líder sumiu miraculosamente por recear um “tête-à-tête” com o seu irmão, que sempre se mostrou disponível para um diálogo fraterno. Antes de terminar, deixem-me dizer que, as manifestações da Rua e outros actos violentos, nunca resolveram nada: Apenas falando é que a gente se entende. Como venho dizendo, hoje serei breve. Mas, deixem-me partilhar convosco a fábula das “Duas Cabras”, que os meus professores do Ensino Primário, Augusto C. Pires de Lima e Américo Pires de Lima, me contaram vezes sem conta durante o ano lectivo de 1950-1951. “As duas Cabras – Uma vez encontraram-se duas cabras numa estreita passagem à borda dum grande precipício. Não podiam recuar, nem passar uma pela outra. Resolveram a dificuldade com muita inteligência: uma deitou-se, deixando que a outra passasse por cima, e assim se salvaram ambas. Outra vez, havia uma árvore caída a servir de ponte sobre uma torrente. Sucedeu que duas cabras, caminhando em sentido contrário, encontraram-se frente a frente, sem nenhuma poder passar. Eram menos ajuizadas estas cabras do que as primeiras. Ambas queriam passar à força: começaram à marrada sobre a mal segura ponte, e caíram à torrente, onde se afogaram. Também pouco se perdeu… A história destas cabras pode servir de exemplo a muitos casos passados entre os homens. Quando, numa situação difícil, dois adversários brigam em vez de se auxiliar mùtuamente, é certa a perdição de ambos. É o que acontece àqueles que tantas vezes colocam o seu amor-próprio acima dos interesses alheios e até dos seus.”.

Mais tarde descobri que afinal os meus Professores, tiraram esta Fábula e recontaram a sua maneira, mas cujo autor verdadeiro foi o grandeEsopo, um fabulista grego, nascido na Trácia (região da Ásia Menor), do século VI, a.C., cuja moral é:

Na maioria das vezes, o acto de abrir mão de uma vaidade pessoal, orgulho ou teimosia, pode nos proporcionar grandes benefícios.

 

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