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40 anos depois

Por admin

A 25 de Junho celebramos o memorável dia da independência nacional, dia que passamos a ser livres, e com direito de dirigir os destinos da pátria.

Tinhamos as mãos atadas, presas por um império colonial cruel e racista, que nos queria parte como cidadãos da terceira em pleno território nacional, onde eramos forçados a viver sem dignidade, nem honra, e carne para as suas empresas e latifundios.A compensação era desterro do chibalo  e porrada.Desse tempo da historia remanescem algumas feridas purosas por cicatrizar,em alguns segmentos da população nacional.

O 25 de Junho de 1975 passeio-o em Nampula, com os altifalantes sintonizados via rádio com o estádio da Machava, em Maputo.Naquele dia o o ideal nacionalista dirigido pela Frelimo, transbordou nas taças  de orgulho patriótico levantadas em cada um de nós, e o estádio municipal, entrou êxtase colectivo ao escutar a voz do falecido presidente Samora Machel,decretar  a criação da nossa República.Foi um momento de emoção endelével, e a primeira grande vitória dos moçambicanos nas várias batalhas em perspectiva.

O centralismo democrático fora uma escolha circunstancial do momento.Estava ali à  porta por se  identificar com os objectivos imediatos, despontando da liberdade que orientava os nossos anseios.Ao se querer andar depressa e pela cegueira da utopia ideológica, erros foram cometidos.Estávamos no direito de comete-los.O país havia colocado a ideologia ao serviço de uma economia estagnada, e só quando o estado abraçou a economia de mercado, e o pluralismo democrático, a criatividade do homem desmontou toda a utopia, para finalmente  alavancar a economia ao serviço dele próprio,… Desse modo a economia começou a florir.O governo passou a  usar o estado, e as reformas economicas  criando o CPI e privatizações , colocando os recursos naturais existentes ao serviço do bem estar sócio económico nacional, e a trabalhar para o engrandecimento da  família.

4O anos volvidos a rota de desenvolvimento está traçada,mas ainda curto.O homem foi colocando a criatividade ao serviço  do país ,comunidade, da sua família e justiça social e da governabilidade.Uma elite económica assim como uma classe média surgiram, fruto do trabalho, assim o governo  pode também sonhar sonhar em acabar com a pobreza.

Contudo o capitalismo nacional deve criar empregos, e mecanismos reguladores afim de ganhar dinâmica própria e maior transparência.O conflito de interesses apenas pode  ser evitado pelo reforço da Lei.Muitos investidores internacionais por ignorância, ainda se queixam da natureza estatal da economia, por o sector privado não ter ainda a capacidade necessária de chamar a si a iniciativa de criar pólos de atração e dinâmica de negócios.Apesar de já haver sinais encorajadores o perfil do sector privado deve ser melhorado de massivos investimentos, quer do estado, assim do sector privado internacional, bem como da banca privada.A CTA e a Camara de Comercio, devem ser  proactivos a orientar os membros activos, para uma maior participação nacional em empresas de extração de gáz natural, quer de transporte do produto ou venda do mesmo.Não sendo agradável pensar que o estado é ainda o maior empregador, mais difícil  é aceitar que a despeito do crescimento económico rondar os 8 por cento ano, constatar porém que este  deriva de factores externos, isto é do investimento externo, e não devido à produção e à produtividade nacional.Diz uma máxima nacional, que quem tem unhas toca a guitarra.Eu acho que a cultura do empreendedorismo deve ser incentivada a todos.Precisamos de mais escolas de formação técnica, que permitam capacitar aos que pouco têm, a assimiliar noções no comando dos seus negócios, assim como temos estudantes em grandes  universidades a estudar a indústria de hidrocarbonatos.

Em 40 anos criamos a nossa identidade colectiva, demos um salto qualitativo no reforço da democracia, na construção de infraestruturas económicas,parcerias económicas incluindo com Portugal democrático,China,Estados Unidos,Japão e Uniao Europeia,Russia e India e outros paises,e estratégicas com a Sadac e Palops,contudo o pais, necessita de muito mais, quer no plano de desenvolvimento das infraestruturas, formação de quadros abragendo  áreas de ensino técnico e cientifico, e no plano agricola continua a necessitar de credito agricola, (bancos agricolas) ,capazes de estimular o desenvolvimento local.

Unidade Nacional, Paz e Progresso

Inácio Natividade

Como autor do texto reservo-me no direito de não permitir que o texto seja reproduzido na rede social, na ferramenta de busca google por qualquer blog que nao seja o jornal domingo.

Inácio Natividade

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