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DESENVOLVIMENTO MUNDIAL A DUAS VELOCIDADES

Por admin

FUGA DE DÓLARES E RANDS AGRAVA CUSTO DE VIDA

A falta de controlo de divisas ou dólares, euros libras esterlinas e rands agrava o custo de vida em Moçambique. Mas ainda não aprendemos.

Em pleno Dia da Família ou de Natal, dois cidadãos com passaportes moçambicanos e identificando-se como filhos da Pátria Amada foram detidos na fronteira do Lebombo entre África do Sul e Moçambique com muito dinheiro estrangeiro: 4.9 milhões de dólares norte-americanos, 2.2 milhões de euros e 20 mil rands.

A fuga de divisas foi abortada há cerca de 100 kms da capital da Pátria dos Heróis. O dinheiro saiu de Maputo, deixando um rasto de pobreza.

Há muita especulação em torno da detenção da dupla.

Uns dizem que a descoberta não foi obra de muito trabalho da polícia sul-africana. A descoberta foi resultado  de um negocio mal parado entre os traficantes da moeda em Moçambique, mas não indicam o nome da pessoa ou de instituição que teria facilitado a descoberta milionária.

Outros sem rosto consideram que foi um trabalho da contrainteligência moçambicana que facilitou a descoberta do dinheiro hermeticamente selado na bagageira de uma carrinha de caixa aberta com matricula sul-africana.

Seja qual for a verdade das duas teorias especulativas, o certo é que há falta de controlo de divisas em Moçambique. Há proliferação de lojas que funcionam como casas de cambio sem controlo.

Um amigo dizia me que a taxa de cambio oficial é fixada no Mercado Central de Maputo.

A detenção da dupla na fronteira do Lebombo aconteceu algumas semanas depois da crise do dólar que agravou o custo de vida à porta das festas em Moçambique.

Com a mola, male ou matambira  não se brinca.

O negocio da moeda estrangeira é assunto sério.

Na África do Sul, o controlo é muito apertado.

Um dia viajei cerca de 400 kms até Ressano Garcia a partir de Joanesburgo para adquirir apenas 20 dólares norte-americanos a fim de pagar taxa de embarque durante uma viagem de trabalho ao Zimbabwe.

O assunto do controlo de divisas é mesmo sério na África do Sul, apesar da existência de sindicatos criminosos.

O dinheiro apreendido é suficiente para construir um hospital de cuidados primários com cerca de 60 camas em Moçambique. Os donos devem ter ainda muito mais não declarado. Recusaram filmagens alegando que seriam politicamente perseguidos ou sequestrados, mas ainda não revelaram o verdadeiro negocio que produziu tantos milhões de dólares e de euros e milhares de rands num Pais considerado um dos mais pobres do Mundo. (x)

 

 

 

 

 

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