A Ministra do Trabalho, Emprego e Segurança Social, Vitória Dias Diogo, desafiou o Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional (INEFP), instituição do Governo responsável pela política de emprego, subordinada ao Ministério do Trabalho, Emprego e Segurança Social (MTESS), a ser uma instituição proactiva e virada para o mercado, tendo em conta não só o seu estatuto de natureza autónoma, mas, e sobretudo, porque a dinâmica do mercado exige acções concretas para responder a demanda.
O desafio foi lançado na manhã desta quinta-feira, durante a sua primeira visita à sede nacional do INEFP, na cidade de Maputo, em que se fez acompanhar pelo seu Vice-Ministro, Osvaldo Armindo Faquir Petersburgo, no prosseguimento do programa de apresentação da filosofia de trabalho da nova direcção ministerial, bem como de conhecer o sector através dos seus actores e responsáveis pela viabilização dos programas do Governo na área.
Na sua primeira impressão, a nova ministra do Trabalho, Emprego e Segurança Social entendeu que o INEFP está num patamar que deve constituir motivo de inquietação e orgulho, por parte dos seus gestores, em termos de inserção no mercado, pois explicou a governante tem todas as condições para que lidere o mercado nessa matéria, uma vez que já se encontra implantado em todo o território nacional, em termos físicos e humanos, para além de treinar candidatos a emprego para diversos contextos e necessidades.
Para tal, disse Vitória Diogo, o seu produto deve responder às exigências desse mesmo mercado, na componente de fornecimento de mão-de-obra treinada e com competências que dispensem de questionamentos, dado que a instituição já por si só é uma referência a nível do sector produtivo, em que muitas empresas têm parcerias com o INEFP na formação profissional, capacitação e fornecimento de mão-de-obra.
O que o INEFP precisa, segundo a ministra Diogo, é a sua adaptação permanente de acordo com a dinâmica do mercado, criando a sua sustentabilidade, em vez de esperar pelo orçamento do Estado, o que passa pela produção virada para o mercado e não se cingir apenas na formação profissional estatística, pois “o INEFP não deve actuar como o Aparelho do Estado, mas sim um actor do mercado, lado a lado com o sector produtivo”.
A autonomia de que goza a instituição significa estar sempre em luta pela busca de recursos que financiem as suas acções e não estar descansada com o que o Estado dá como orçamento, porque não chega para cobrir todos os programas que lhe competem concretizar.
A governante elogiou o comprometimento dos funcionários da instituição na materialização das políticas do Governo na área de emprego e formação profissional, pedindo-lhes para que elevem mais a fasquia, porque são capazes e mostram-se conhecedores do que fazem, bastando a criatividade e o espírito de entrega, em que o profissionalismo deve vincar.
Vitória Diogo e Osvaldo Petersburgo ficaram impressionados, após percorrer as oficinas do Centro de Formação Profissional, com as parcerias criadas pelo INEFP com o sector privado, como é o caso da formação de mão-de-obra para as empresas multinacionais, e encorajou a respectiva direcção a aumentar essa componente, para tirar mais-valia nas suas competências, tais como a formação profissional para o emprego e auto-emprego, sobretudo no âmbito da descoberta de recursos naturais que o país está a registar, revendo constantemente a sua estratégia de actuação e a introdução de cursos que entrem nesse contexto, incluindo a redefinição do perfil do seu quadro de pessoal e os formadores.
O último desafio deixado pela nova direcção do MTESS ao INEFP foi a necessidade de, dentro deste semestre, pôr a funcionar o portal da instituição, com vista à divulgação do vasto leque de oportunidades de emprego e formação profissional que se abrem em várias frentes produtivas, para o conhecimento massificado do público, sobretudo os jovens que são os maiores usuários da internet, muitas vezes sem informação sobre a existência dessas acções ou oportunidades.
