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UEM aposta na elevação do seu “ranking” regional

Por admin

A Universidade Eduardo Mondlane (UEM) está a apostar na investigação para elevar cada vez mais a sua classificação no “ranking” das universidades dos países da Comunidade para o

Desenvolvimento da África Austral (SADC).

Segundo Orlando Quilambo, Reitor da UEM, que falava semana passada no Conselho Universitário de directores, em Chidenguele, distrito de Mandlakadzi, província de Gaza, neste momento, a sua instituição é a única nacional que surge na classificação regional das mais destacadas universidades da África Austral.

“ Apesar de ocuparmos o vigésimo terceiro lugar ainda não nos sentimos satisfeitos já que, se entramos na investigação como um dos nossos motes, poderemos atingir níveis ainda superiores”, disse Orlando

Quilambo.

Entretanto, reconheceu que a sua instituição ainda não possui um mecanismo apropriado de verificação do nível de satisfação das comunidades pelas diferentes acções de investigação e de extensão universitária que se fazem em todo o país.

Para se solucionar este problema, Orlando Quilambo diz ser preciso desenvolver uma matriz capaz de aferir se a pesquisa feita contribuiu ou não para a satisfação plena das necessidades da vida das comunidades moçambicanas.

Na sua política de expansão, a UEM procura chegar junto das comunidades oferecendo cursos de aplicação prática para o desenvolvimento local, não através de abertura de novas unidades de ensino, mas sim por meio de centros de recursos.

“ A estratégia de expansão assenta nos centros de recursos que são unidades através das quais se pode fazer a ensino à distância, pesquisa e extensão”, destacou Orlando

Quilambo.

A província de Gaza tem dois centros de recursos na Escola Superior de Negócios e Empreendedorismo

(ESNEC) e no centro de Nwadjahane, enquanto nas restantes províncias do país, os centros estarão orientados para a investigação das particularidades específicas dos recursos socioeconómicos que tiver.

“ Por exemplo, se uma certa província caracterizar-se por determinado tipo de recursos naturais, a UEM pode focalizar a sua acção de investigação do seu centro de recursos para esse fim”.

Questionado sobre como a sua instituição pretende superar o défice de publicação de resultados de investigação, Orlando Quilambo reconheceu ser um dos grandes desafios que as universidades africanas enfrentam neste momento.

Por essa razão, segundo suas palavras, a UEM definiu três estratégias, nomeadamente, a criação da sua revista científica, a organização regular de conferências de investigação, envolvendo investigadores e membros da sociedade civil para se disseminar os resultados de pesquisa e a definição da política de publicação de livros.

“ Entendemos que isso vai ajudar a UEM a mostrar o que realiza, embora reconhecendo que ainda não seja suficiente para satisfazer as necessidades do mercado, quanto ao conhecimento sobre o que se investiga”,disse Quilambo.

O encontro, aberto pela governadora da província de Gaza, Stella Zeca Pinto Novo, visou avaliar acções da UEM nos últimos três anos e delinear estratégias de funcionamento no futuro.

Artur Saúde

 

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