O tratamento de tracoma, doença oftálmica altamente contagiosa, está a produzir resultados satisfatórios na província do Niassa, alcançando quase 100 por cento de cobertura dos casos.
O tratamento de tracoma decorreu em Junho último em dez distritos daquela província, nomeadamente Majune, Nipepe, Lago, Marrupa, Maúa, Mavago, Mecula, Metarica, Muembe e Sanga.
De acordo com o director nacional de Saúde Pública, Mouzinho Saíde, os resultados da campanha de tratamento massivo de tracoma ultrapassaram as expectativas do sector, alcançando numa semana 98 por cento dos 496.160 casos registados.
Para além do tracoma, Niassa tem registado casos de triquíase, cegueira, tinha, hidrocelo, tunguíase (vulgo matequenha) e elefantíase.
Dois distritos apresentam números anormais relativamente à tinha e hidrocelo. São os casos de Marrupa e Sanga, com 70 e 139 casos de tinha, respectivamente, enquanto em Mecula foram diagnosticadas 68 pessoas com hidrocelo.
Fonte da Direcção Provincial da Saúde de Niassa associou a predominância de hidrocelo em Mecula ao facto de este distrito estar dentro da Reserva Nacional de Niassa e, em consequência, a sua população estar permanentemente exposta aos animais selvagens de grande porte, possuidores de insectos que podem provocar hidrocelos ou elefantíase.
NIASSA ACOLHE CERIMÓNIAS CENTRAIS DE SAÚDE ORAL
Alunos, pais e encarregados de educação de diferentes escolas primárias do Niassa participaram na passada terça-feira em Lichinga na Campanha Nacional de Saúde Oral e Lavagem das Mãos, cujas cerimónias centrais tiveram lugar na Escola Primária Completa Amílcar Cabral.
Falando aos presentes, Mouzinho Saíde explicou a importância da campanha, realçando que a saúde oral proporciona um sorriso alegre e saudável.
Sobre as mãos limpas esclareceu que reduzem, principalmente nas crianças, a infecção por doenças contagiosas, destacando-se a cólera, diarreias, disenterias, infecções respiratórias, tracoma, entre outras patologias.
André Jonas