Os transportadores referem que a medida não veio solucionar o problema que vinham reivindicando, porque, alegadamente, algumas vezes, são obrigados a escalar terminais que não estavam nos seus planos.
Emílio Mahumane, transportador da rota, Anjo Voador-Praça dos Combatentes, contou que o encurtamento nunca foi seu desejo, mas, por outro lado, a Polícia tem se aproveitado das novas medidas para lhes “explorar” através das multas.
“Nunca foi nosso desejo fazer o encurtamento, mas porque as tarifas que aplicávamos, associado ao congestionamento nas estradas, sobretudo, na hora de ponta, não compensavam. Com as novas tarifas, não ficamos totalmente satisfeitos, porque há muitas obrigações por cumprir sem necessidade. Aumentou a tarifa dos “chapas” e subiu também de 20 meticais para 30 meticais a taxa diária que pagamos no terminal do Xiquelene. Os porquês não sabemos”, disse Mahumane.
Por sua vez, Violante Joaquim Wate, outro condutor da rota Praça dos Trabalhadores-Anjo Voador, referiu que as medidas vieram para solucionar o problema dos utentes dos “chapas”, mas levantaram mais problemas aos transportadores, alegadamente, porque a Polícia Municipal passou a aplicar multas sem necessidade. “Isto veio para nos prejudicar, pois ainda não entendemos porque houve aquele aumento. Por exemplo, somos obrigados a escalar Shopping Center sem necessidade, e quando tentamos resistir somos multados”, disse, sem justificar porque é que não quer escalar o terminal de “Anjo Voador”, uma vez que o seu carro traz essa inscrição como paragem final.
