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Trabalhadores da Movitel ameaçam greve

Por admin

Os trabalhadores da empresa de telefonia móvel Movitel ameaçam entrar em greve a partir do dia 8 de Outubro corrente, caso não sejam satisfeitas as reivindicações alistadas num caderno reivindicativo já entregue ao patronato.

No rol de reivindicações constam a falta de uma tabela salarial clara; a carga horária excessiva, o não pagamento de horas extras, e um melhor fluxo de informação entre o patronato e os trabalhadores, através do respectivo sindicato.

Estão igualmente em causa os alegados descontos salariais sem consentimento do trabalhador; classificação mensal sem critérios claros, entre outros.

Esta informação foi dada por Tomás Mário Pequenino, secretário do Comité Sindical Nacional dos trabalhadores da Movitel, falando a jornalistas em conferência de Imprensa realizada esta segunda-feira em Maputo.

Segundo a fonte, até aqui, foram observados todos os procedimentos legais para se avançar com a greve que, a acontecer, vai envolver todos os trabalhadores daquela operadora.

Esta medida de partir para greve, segundo a fonte, surge do facto de, na sua opinião, terem sido já esgotadas todas as tentativas de negociação com os gestores da empresa.

Sobre isso, Pequenino conta que os esforços de aproximar os trabalhadores e a empresa datam de Janeiro do ano em curso e de lá a esta parte não houve evolução, embora na primeira carta endereçada aos gestores estes tivessem recomendado a elaboração de um projecto mais completo.

Após ter sido melhorado o referido documento, conforme lhes foi instruído, uma vez entregue, nada foi executado até hoje.

“Não houve avanços nenhuns”, assegura a fonte, anotando que, “entregámos uma carta de pré-aviso de greve, também não foi respondida”, acrescentou.

A este propósito, uma outra carta foi enviada em Agosto para o Ministério do Trabalho, pedindo a rápida intervenção daquela instituição, também continua sem resposta.

A chefe do departamento dos Recursos Humanos da Movitel, Mariamo Jorge Mulhovo, mostrou, ontem, aberta e disponível a colaborar com o comité sindical, com vista a ultrapassar este diferendo.

Estamos conscientes das preocupações levantadas pelos trabalhadores. Neste momento, o que podemos dizer é que acusamos a entrada da carta pré-aviso, que já foi encaminhada para a direcção da empresa. Atendendo que estamos perante uma nova direcção (o director tem pouco mais de uma semana em exercício), então, ele precisa de tempo para analisar o dossier. Todavia, atendendo o carácter urgente da mesma, o Conselho de Administração reuniu hoje (ontem) para discutir os pontos constantes na carta de reivindicação. Em breve, vai pronunciar-se”.

A empresa conta com cerca de três mil trabalhadores e o sindicato apela ao bom senso os gestores da Movitel e também à rápida intervenção do Ministério do Trabalho para dirimir este caso. 

 

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