Pelo menos 27 empresas exploradoras de ouro ao longo do vale do rio Revúe e seus afluentes já foram notificadas para suspenderem a actividade mineira no distrito de Manica, no quadro da recente decisão do Conselho de Ministros tomada na sua 33.ª Sessão Ordinária.
O posicionamento do Governo foi baseado no relatório da visita do Comando Operativo às áreas de mineração em Manica, que constatou a existência de uma crise ambiental e social que vem sendo relatada com particular persistência e destaque pelo jornal domingo nas suas edições, entre outros órgãos de informação, instituições académicas e organizações da sociedade civil.
Na verdade, a decisão do Conselho de Ministros já vinha sendo ensaiada pelo Governo da província de Manica e pelo Conselho dos Serviços de Representação do Estado (CSRE) de Manica, cujos dirigentes, nomeadamente Francisca Tomás e Lourenço Lindonde, se deslocaram àquele distrito e comunicaram às empresas e operadores artesanais (garimpeiros) que o modelo de exploração era calamitoso e que poderia culminar com uma suspensão.
Aliás, o próprio Chefe do Estado, Daniel Chapo, quando foi abordado pela imprensa nas instalações da Universidade Púnguè (UniPúnguè), no final da cerimónia de Outorga do título de Doutor Honoris Causa à combatente Marina Machinuapa, sinalizou que a suspensão da exploração mineira era uma via a ser adoptada para travar o que designou de “crime ambiental”. Leia mais…
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