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Suicídio: e se depois nos arrependemos?

Por Jornal domingo

TEXTO DE GENÉZIA GERMANO

Há dores que se escondem atrás de sorrisos e se gritam em silêncio. Setembro, mês dedicado à prevenção do suicídio, lembra que, por trás de semblantes tranquilos, há vidas a lutar contra a própria escuridão.

A depressão e o suicídio permanecem entre os maiores desafios de saúde mental em Moçambique e no mundo, invisíveis para quem não olha de perto, mas devastadores para quem os sente.

Não se trata de tristeza passageira ou fraqueza.

No bairro George-Dimitrov, vulgo “Benfica”, na cidade de Maputo, o mês começou marcado por uma tragédia. Após uma discussão conjugal, um pai de família pôs fim à própria vida, pendurando-se numa árvore no seu pátio. A esposa e os filhos ficaram em choque, enquanto a vizinhança tentava compreender como palavras e desentendimentos se transformaram em morte.

Leopoldina Marrime, com os olhos cheios de lágrimas, contou: “Despediu-se dos nossos filhos. Perguntei-lhe para onde ia, mas não obtive resposta. Pouco depois, vi o corpo dele pendurado”.

O silêncio que permaneceu naquele pátio se tornou metáfora da dor invisível da depressão. Uma dor que muitos carregam, sem amparo nem compreensão. O episódio do Benfica não é um caso isolado. Atrás de portas fechadas, a doença mental alastra-se, mascarada em sorrisos forçados e silêncios pesados. Leia mais…

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