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Sofrimento longe do fim

Por admin

O sofrimento dos residentes dos bairros de Massaca I e II e de outros utentes da estrada que dá acesso à ponte sobre o rio Umbeluzi, distrito de Boane, está longe de acabar, uma vez que não está

 

determinada a data para o arranque das obras de reposição da infra-estrutura. As mesmas, deviam ter iniciado no passado mês de Outubro, no entanto, a operação foi adiada para uma data a anunciar.

A ponte sobre o rio Umbeluzi, em Boane, desabou em Fevereiro passado devido às chuvas fortes que fustigaram o país. Ainda nesse período, para além daquela ponte, houve, igualmente, o corte de outras vias de acesso, como a Estrada Nacional Número I, na zona 3 de Fevereiro, na Manhiça.

As diferentes vias que estiveram interrompidas devido às chuvas já estão transitáveis, contudo a ponte sobre o Umbeluzi continua no mesmo estado. Ou pior. A alternativa que os automobilistas usavam, mesmo ao lado da ponte, está intransitável devido ao elevado nível das águas.

O resultado disso é óbvio. Os utentes da via é que sofrem. As crianças que estudam do lado da vila, as mamanas que abriram as suas machambas na região de Massaca e os trabalhadores sofrem para a atravessar o rio. Quem fica mais frustrado são os “chapeiros” que antes do desabamento da ponte fazia mais de 10 viagens por dia na carreira Massaca-Boane, agora fazem apenas metade.

A situação é mais preocupante ainda nos últimos dias devido às chuvas que têm vindo a cair, o que eleva os níveis das águas do rio.

Em consequência disso, os transportadores semicolectivos de passageiros que faziam as carreiras de Massaca para Boane ou Maputo, passando sobre a ponte, improvisaram a partir da semana finda uma paragem nas proximidades do rio por receio de ver seus carros arrastados pela correnteza.

Aliás, durante a nossa permanência junto à ponte, vimos pessoas de todas as idades em autênticas ginásticas para chegar ao seu destino. Acompanhámos dois cenários: um relacionado com um dos “chapeiros”, que dizia que na terça-feira o seu carro bateu contra uma pedra e partiu uma das molas. O outro caso aconteceu com um motociclista que tentava atravessar o rio na quarta-feira e viu a sua moto imobilizada a meio da jornada. Para evitar o pior, pediu ajuda de alguns jovens que estavam naquelas margens para carregarem a motorizada e, posteriormente, teve de desembolsar 75 meticais pela “mão-de-obra”.

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