TEXTO DE REGINA NAETE
O acesso a serviços sociais básicos continua um bico-de-obra em Tenga, no distrito de Moamba, província de Maputo, onde centenas de famílias foram reassentadas em 2016, no âmbito do projecto da construção da ponte Maputo-Katembe, na capital do país.
No bairro baptizado por Malanga “II” está a maior parte das mais de 400 famílias reassentadas no âmbito do projecto da ponte, que hoje se debatem com a escassez de água potável, falta de transporte e cuidados de saúde. São famílias provenientes dos bairros Malanga e Luís Cabral, na capital do país, que tinham experimentado a sensação de habitar à boca da cidade.
Nas vias daquela localidade é possível observar residentes a percorrer longas distâncias para obter água. É quase obrigatório purificar o recurso para salvaguardar a saúde dos consumidores, porque as fontes não transmitem qualquer segurança.
Muitos moradores relataram que recorrem à cinza e fervura da água antes do consumo. “O meu filho tem uma barriga muito grande, não pensem que é uma doença comum, é por causa da água suja que ele consome diariamente. Só a cor já é assustadora, mas é o que temos”, contou uma das residentes interpelada pelo domingo.
Pouco tempo depois que o Estado ergueu as casas de reassentamente naquele bairro, um fornecer privado de água potável disponibilizou- -se a fornecer o recurso. Foi “sol de pouca dura”. Hoje em dia, os residentes quase não vêem água a jorrar das suas torneiras. Nos dias de sorte, algumas gotas por pouco tempo. Leia mais…