BERNARDO JEQUETE
Circularam recentemente informações sobre a existência de um túnel subterrâneo que conecta o território do Zimbabwe a Moçambique, cortando a linha de fronteira entre os dois países.
O suposto túnel estará a ser usado por cidadãos zimbabweanos, malawianos, tanzanianos, zambianos e de outras nacionalidades para entrar de forma clandestina no território moçambicano e explorar ilegalmente o ouro para, de seguida, enviá-lo pela mesma via ao Zimbabwe.
Acredita-se que esta prática terá se intensificado depois de o Conselho de Ministros ter decretado a suspensão das actividades mineiras em Manica, com o objectivo de proteger o meio ambiente e a saúde da população.
Por causa disso, o vice-comandante geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Aquilasse Manda, está em Manica para avaliar a situação no terreno e assegurou que a corporação poderá ser reforçada no sentido de descobrir o túnel e repor a ordem pública.
Durante a sua visita, Manda disse que vai procurar delinear estratégias no sentido de controlar e vigiar a região visando desmantelar as redes de exploração que utilizam o suposto túnel.
“Estamos preocupados com a situação. Vamos investigar e apurar veracidade da informação a circular. A ser verdade, tomaremos medidas l, pois Isso é prejudicial para todos nós. Assim que se apurar poderemos dialogar com o país vizinho para sabermos a real motivação da abertura do túnel”, disse Manda.
O vice-comandante reiterou a importância da colaboração da população na denúncia de actividades suspeitas que possam estar associadas ao uso do túnel e à exploração ilegal de ouro. “Pedimos à comunidade que nos ajude a vigiar e a reportar qualquer actividade clandestina. É preciso que todos estejam atentos e juntos possamos proteger o nosso país”, afirmou Manda.

