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Primeira-dama insta população a combater discursos incendiários

Por admin

A Primeira-dama da República de Moçambique, Maria da Luz Guebuza, instou a população da localidade de Mucombedzi, posto administrativo de Vanduzi, distrito de Manica, província do mesmo

 nome, a denunciar às autoridades competentes todo aquele cidadão que, se aproveitando dos recentes acontecimentos armados que ocorrem no posto administrativo de Muxúngue, em Sofala, continuar a proferir discurso incendiários que atentam contra a paz no país.  

 

Falando num comício popular no segundo dia da sua  visita à província de Manica, onde escalou, sucessivamente, o distrito de Manica, Sussundenga e Gôndola, Maria da Luz Guebuza lembrou que Moçambique “não é país de uma pessoa, pertence a todos moçambicanos, daí que se torna importante a vigilância, com o fim de se neutralizar quem procura perturbar a ordem e tranquilidade públicas nas comunidades”.

Da Luz Guebuza considera que, apesar de existirem as Forças Armada de Defesa Nacional e a polícia, estes, precisam da ajuda das comunidades.

Assim sendo, “qualquer situação de perturbação da ordem deve ser, imediatamente, denunciada. Quanto mais cedo melhor! Por isso, cada um no seu local de residência, de trabalho ou mesmo durante o passeio deve estar atento a essas pessoas”, referiu a esposa do Presidente da República.

 

A Primeira-dama deixou claro que a guerra é prejudicial à vida das pessoas,  “principalmente numa altura em que os níveis de vidas das populações estão a melhorar quer nas zonas rurais assim como urbanas”, recordou.

Em seguida, expôs que a rede sanitária e escolar está a crescer: as fontes de água estão cada vez mais próximas das populações; a construção de infra-estruturas públicas e privadas, nomeadamente, vias de acesso, habitações, entre outras, estão a ganhar nova dinâmica a cada dia que passa. “Todos estes avanços podem ser reduzidos a nada se voltarmos a pegar em armas e lutarmos entre irmãos sem uma causa justa, advertiu a esposa do Presidente da República, tendo apelado para as pessoas continuarem a ir aos seus locais de trabalho e a fazerem as suas actividades normais, de forma a produzir riqueza para melhoramento da condição social de cada cidadão.

 

Abandono de bebes:

uma atitude réproba  

Num outro desenvolvimento, a esposa do Presidente da República condenou os acontecimentos ocorridos no primeiro trimestre deste ano no distrito de Manica. É que, num espaço de duas semanas, foram achados quatros bebés abandonados na via pública e dois fetos deixados no rio Chirambandine.

Os quatro menores foram deixados pelas próprias mães que na circunstância não quiseram assumir a responsabilidade de progenitoras. Reagindo a isso, na vila sede do distrito, concretamente no bairro Macorreia, Maria Da Luz Guebuza, referiu que não se pode admitir que uma mãe após nove meses de gravidez deite fora o seu filho sob pretexto de não reunir condições para que ele cresça sadio.

Ficamos tristes quando recebemos esse tipo de informações. Dirigindo-se às mães, aconselhou-asa mudarem de mentalidade, tendo chamado atenção para o facto de os casos de abandono de bebés envolverem mães adolescentes. “É  lamentável! Essas crianças que, muito cedo, conhecem a maternidade deviam estudar, para se realizarem sob o ponto de vista profissional e até para criarem um futuro bom para os seus filhos, quando chegar a altura certa de terem filhos”, disse a esposa do Chefe do Estado moçambicano, para depois referir que “estas pessoas devem ser identificadas e punidas exemplarmente, para que casos de género não voltem a acontecer nas comunidades”.

 

Associação Mudzimai Neribudiriro:

exemplo a seguir

Já no distrito de Sussundenga, a esposa do Presidente da República visitou a Associação Mudzimai Neribudiriro. Ali, ficou bastante impressionada com as actividades que as dezoito mulheres membro daquela agremiação estão a levar a cabo, com o objectivo de contribuir para o combate a pobreza. A associação dedica-se à criação de pintos para produção de frangos, vendido dentro e fora da sede do distrito de Sussundenga.

De acordo com a vice-presidente da Associação, Maria Filomena, é uma actividade que está a trazer resultados satisfatórios, tendo adiante revelado que o projecto iniciou em 2007 com um capital de cerca de 136 mil meticais, obtido através do Fundo Distrital de Desenvolvimento (FDD). Ainda de acordo com Maria Filomena, o valor serviu para adquirir no primeiro ano 1.600 pintos, comprar ração, milho, vacina, e pagar transporte dos produtos e de outras despesas adicionais.

No ano seguinte, o número de pintos subiu para 2.400. Dois anos depois elevou para 3.200 e até ao ano passado foram comercializados 4 mil frangos.

Para além da avicultura, a vice-presidente referiu que a colectividade possui outra linha de produção, que é a de corte e costura, e o programa de alfabetização onde frequentam 30 mulheres provenientes dos diversos bairros da sede distrital de Sussundenga.

Maria Filomena contou que do valor do FDD, já foram reembolsados para os cofres do Estado, 80 mil meticais, o que representa 58,82 por cento do valor total, e acredita que num espaço de dois anos, ou seja, até 2015, a dívida será liquidada na universalidade para facilitar que o valor seja entregue a outros requerentes que ainda têm projectos em carteira. Como desafios Maria Filomena avançou que pretendem duplicar a capacidade de produção de frangos, nos próximos tempos, de quatro para oito mil e expandir o mercado para outras zonas do distrito e a província toda.

Sabemos que é difícil, mas essa é nossa aposta. Temos fé que havemos de conseguir, garantiu Filomena com optimismo.

Entretanto, avançou algumas dificuldades no desenvolvimento das actividades da sua agremiação: a insuficiência de fundos para materialização do plano de expansão e para compra de galinhas poedeiras para a produção de ovos, de forma a aumentar os rendimentos da associação.

Durante a visita a Agremiação, a esposa do Presidente da República ofereceu às mães uma máquina de costura e outros instrumentos agrícolas para abertura de campos e produção de comida, tendo, ao mesmo tempo, enaltecido a sua criação.

“Está aqui um exemplo que devia ser seguido por todos. Estas mulheres receberam o financiamento e devolveram acima da metade e continuam a canalizar o dinheiro para os cofres do Estado.

Durante cinco dias na província de Manica, a Primeira – dama da República orientou comícios populares nos distritos de Manica, Sussundenga e Gondola e visitou várias infra-estruturas sociais e públicas, tais como, escolas e unidades sanitárias. Visitou igualmente uma associação filantrópicas denominada Associação Cristã 180 graus, que cuida de crianças vivendo com HIV/Sida e com mal nutrição, localizada no distrito de Gondola.

De origem americana, o projecto que conta com financiamento de vários países num montante não especificado, iniciou as suas actividades em 1995 e já assistiu cerca de 2.700 crianças residentes nas comunidades circunvizinhas. Presentemente, encontram-se sob cuidados da Associação Cristã 180 graus 635 petizes órfãos de mães, portadoras de HIV e detentoras de deficiência. Ainda naquele local, 45 crianças frequentam a pré-escolinha, um programa introduzido em 2009.

As crianças aprendem outras lições de moral e praticam actividades religiosas relacionadas com crescimento do carácter e estudo bíblico. Aquela agremiação possui três enfermeiros que prestam também cuidados domiciliários aos doentes.

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