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Preocupação na Zambézia

Por admin

Chuvas intensas causaram o transbordo do rio Licungo, inundando extensas áreas agrícolas nos distritos de Namacurra e Maganja da Costa, na Zambézia, onde há relato de cortes na rede rodoviária na localidade de  Nante, zona de produção de arroz.

A bacia do Licungo registou no início da semana uma subida do volume de escoamento com inundações na estação de Mocuba, onde registou nível de 8.10 metros às seis horas de segunda- feira. 

Devido às inundações registadas na bacia de Licungo, a zona centro registou corte de comunicação rodoviária entre a sede do distrito de Maganja da Costa até Nante e entre Nante e os povoados de Moneia, Numiua e Ntabo, situação que prevalece até o momento.

Segundo o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), 575 famílias afectadas pelas cheias e inundações que fustigam a província da Zambézia desde o início da época chuvosa, se encontram distribuídas nos centros de acolhimento transitório.

Deste universo, 227 famílias são do distrito de Mocuba e 129 da Maganja da Costa, concretamente na localidade de Muneia, nas instalações da antiga fábrica de processamento de arroz.

As restantes 219 famílias se encontram no distrito de Namacurra, localidade de Brigudo, um bairro de reassentamento criado pelo INGC.

Segundo a delegada do INGC na Zambézia, Maria Madalena Luciana, este é o primeiro ano em que a localidade de Muneia é afectada pelas inundações.

A nossa entrevistada disse que já iniciou com o processo de assistência às famílias. Com efeito, o INGC iniciou sexta-feira com a distribuição de água, arroz, feijão, óleo, dentre outros produtos.

Um dos embaraços que o INGC está a enfrentar está ligado às vias de acesso aos centros de acomodação, dado que algumas zonas se encontram isoladas e com estradas em péssimas condições de transitabilidade.

Para ultrapassar esta barreira, Maria Madalena Luciana disse que o INGC central disponibilizou à delegação dea Zambézia um helicóptero para transporte e monitoria da situação. “Foi com este helicóptero que pudemos sobrevoar todas as zonas de risco, como a Maganja da Costa, para prestar pronto-socorro às pessoas que podem estar sitiadas e transportar os produtos de assistência às vítimas nos centros de acolhimento”, explicou.

EN6 JÁ TRANSITÁVEL

A Estrada Nacional Número Seis já se encontra transitável. O rio Púnguè que galgara a plataforma da rodovia viu oo seu caudal a baixar.

A Administração Nacional de Estrada (ANE) decidiu reabrir esta importante via, que sofrera cortes nos troços Mutua-Tica, autorizando condução nocturna.

Não se sabe quando tempo o Púnguè mostrará sinais de redução de caudal, dado que as chuvas continuam a cair na zona centro e a montante.

Enquanto isso, e segundo a Direcção Nacional de Águas (DNA), na região sul do país, a bacia de Limpopo registou no início da semana uma descida acentuada dos níveis hidrométricos tendo mantido a redução dos níveis até sete centímetros acima do alerta (na estação de Combomune) até terça-feira. Este cenário manteve-se ao longo da semana.

Na zona norte do país, concretamente na bacia de Messalo e na sub-bacia de Lugenda foram registados caudais acima do alerta com tendência a subir. Contudo, este cenário alterou-se ao longo da semana, tendo na terça-feira baixado os seus níveis hidrométricos, apesar das pontes sob o rios Messalo e Megaruma , continuarem submersas.

Até o princípio do fim-de-semana, a bacia de Messalo tinha registo de níveis oscilatórios, mantendo-se em alerta e com tendência a baixar. Contudo, plantações nas zonas ribeirinhas continuam inundadas.

CROCODILOS ATACAM

DUAS CRIANÇAS EM TETE

Duas crianças morreram em Tete na sequência de um ataque de crocodilos quando atravessavam um riacho na localidade de Dsive-Dsive, no Posto Administrativo de Inhamgoma.

De acordo com o Delegado do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) na província de Tete, Joaquim Curipa, as crianças, que se faziam acompanhar pela mãe, foram arrastadas pela correnteza, tendo apenas sido encontrado um corpo já sem vida com mordidas que se presume sejam de crocodilo.

No que diz respeito a situação da bacia do Zambeze, Joaquim Curipa revelou que o rio se encontrava abaixo do alerta, com 4.40 metros de nível hidrométrico.

 

Luísa Jorge

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