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Pátria recorda heróis nacionais

Por admin

·As cerimónias centrais terão lugar em Maputo, na Praça dos Heróis e serão dirigidas pelo Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi

O país comemora esta terça-feira, 3 de Fevereiro, o Dia dos Heróis que este ano coincide com o 46º aniversário do assassinato de Eduardo Chivambo Mondlane, Arquitecto da unidade nacional. Para assinalar a data, o Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, vai depositar uma coroa de flores no Monumento aos Heróis Nacionais, em Maputo.

Milhares dos cidadãos, líderes políticos, religiosos e outras entidades proeminentes juntam-se esta terça-feira na Praça dos Heróis para render homenagem aos heróis moçambicanos. Será uma cerimónia muito simples, mas carregada de simbolismo, dada a grandeza dos heróis que lá repousam.

Na cripta jazem entre outros, os restos mortais de: Eduardo Chivambo Mondlane, Samora Machel, Milagre Mabote, Romão Fernandes Farinha, Francisco Magumbwé, Belmiro Obadias Muianga, José Macamo, Luís Joaquim Marra, John Issa, Tomás Nduda, Emília Dausse, Armando Tivane, Carlos Robati, Josina Machel, Maestro Justino Chemane, José Craverinha.   

O 3 de Fevereiro foi consagrado Dia dos Heróis Moçambicanos em homenagem a todos cidadãos que sacrificaram suas vidas em prol da libertação do país do jugo colonial português.

Como forma de dignificar cada vez mais a heroicidade dessas pessoas, nos últimos tempos, tem se edificado monumentos nos lugares onde nasceram os Heróis.

Refira-se que a praça foi construída em Novembro de 1976, a sua inauguração ocorreu a 3 de 1977, a área total é de cerca de 84 metros quadrados. O diâmetro geral do monumento é de 24 metros com uma altura de 6 metros acima do nível do terreno e de 2 metros no fundo subterrâneo.

A HEROICIDADE DE MONDLANE

Os heróis estão sempre presentes, quer os mortos, assim como os vivos e tudo começou com homenagem a Eduardo Mondlane, que uniu os três movimentos nacionalistas que reivindicavam a independência de Moçambique, nomeadamente, UDENAMO; MANU; e UNAMI, numa só frente (FRELIMO), em Junho de 1962.

Natural da aldeia de Nwadjahane, distrito de Manjacaze, província de Gaza, Eduardo Mondlane passou por muitas vicissitudes desde a infância até conseguir doutoramento em Sociologia e Antropologia nos Estados Unidos da América (EUA).

Foi funcionário das Nações Unidas onde respondia pelos assuntos ligados à libertação dos povos africanos. Em 1961 visitou Moçambique onde manteve contactos com figuras ligadas à igreja, tendo regressado aos (EUA).

Mais tarde foi contactado por alguns moçambicanos que tinham ligações ou simpatias com a UDENAMO que acreditavam que Mondlane era capaz de liderar ou fazer convergir as diferenças que existiam entre os três movimentos de libertação em torno da libertação do país do jugo colonial português.

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