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Participar no recenseamento é dar uma oportunidade à paz

Por admin

O Ministro da Defesa Nacional, Filipe Nyussi, disse há dias em Chòkwé, província de Gaza, que participar no Recenseamento Militar é dar uma oportunidade à paz e à União de todos os moçambicanos.

Filipe Nyussi fez estes pronunciamentos durante a cerimónia do lançamento do Recenseamento Militar que iniciou na última segunda-feira, 6 de Janeiro, e que poderá prolongar-se até dia 28 de Fevereiro do ano em curso em todo o território nacional, assim como nas missões diplomáticas e consulares no estrangeiro.

O país espera recensear no presente ano cerca de 170 mil jovens contra 160 mil perspectivados ano passado. De referir que estão abrangidos para o recenseamento militar todos os jovens nascidos em 1996, bem como os que por razões de vária ordem não puderam faze-lo nos anos anteriores.

O ministro apelou aos jovens para regularizarem a sua situação visto que isto cria condições para que o exercício das obrigações cívicas se materialize a favor da comunidade e do colectivo além de ser manifestação de civismo, de amor à pátria e de sentido de dever.

Lanço a todos os jovens um apelo fraterno e sentido. Ajudem a nossa Pátria. O vosso exemplo, a vossa coragem e vontade são essenciais para garantir um tempo novo, de normalidade e de segurança, referiu.

Num outro desenvolvimento, Filipe Nyussi lembrou aos jovens que àluz da Constituição da República este ano o país vai recrutar os Prestadorespara o Serviço Cívico de Moçambique, que não é mais do queo exercício de actividades de carácter administrativo, assistencial, cultural e económico em substituição ou complemento do Serviço Militar para todos os cidadãos não sujeitos à deveres militares.

Segundo explicou o ministro, com o Serviço Cívico de Moçambique, espera-se que os jovens se tornem cidadãos e líderes prontos para a reconstrução nacional, jovens com disciplina, patriotismo, espírito de fraternidade e de cooperação e sem preconceitos.

Filipe Nyussi elucidou que quer o Serviço Militar e o Serviço Cívico de Moçambique encarregam-se de formar os jovens para que possam desenvolver conhecimentos e habilidades úteis à instituição durante o cumprimento de uma daquelasobrigações e, depois, se preferirem, passar à disponibilidade.

Nós entendemos que a carreira militar e do Serviço Cívico, como actividades profissionais, exigem uma base sólida de conhecimentos, destreza, lucidez e habilidade que só podem ser aprendidos no processo de formação do Homem.Porém, para tirarem proveito destas oportunidades, o ponto de partida é o Recenseamento Militar, explicou.

Por sua vez, o Governador da província de Gaza, Raimundo Diomba, congratulou-se pelo facto de no ano passado, mesmo com as cheias que fustigaram a província, terem se inscrito para o serviço Militar 11mil e 488 jovens.

JOVENS QUEREM

FACILIDADE DE EMPREGO

Na cerimónia de abertura do Recenseamento Militar, em Chòkwé, os jovens deixaram a mensagem de que é preciso se inscrever para ter facilidade na obtenção de documentos e emprego. Esta mensagem foi transmitida através duma peça teatral de um grupo local.

 domingo ouviu alguns jovens residentes nas províncias de Maputo, Gaza e Cidade de Maputo sobre o processo.  

Jamal Luís, 27 anos, disse que está a juntar os documentados imprescindíveis para se recensear, nomeadamente declaração do Bairro, fotocópia do bilhete de identidade e certificado de habilitações literárias, sendo que apenas lhe falta a Declaração do Bairro.

Falando sobre as causas que lhe motivaram a se recensear este ano, lembrou que no passado desperdiçou várias oportunidades de emprego e não quer que isso volte a acontecer.

Tive vários convites para trabalhar mas sempre me exigiamdeclaração de serviço militar ou um outro documento que certifica-se que me tinha recenseado, disse.

Para Jamal Luís, o recenseamento militar além de ser um dever cívico, permite também aos jovens mostrarem o quão estão interessados em contribuir para o bem-estar da sociedade moçambicana.

Não estou a recensear para, de imediato, ingressar nas FADM,mas se me chamarem ireiporque entendo que todo aquele que se recensear tem duas possibilidades: ser enquadrado das fileiras ou ser excluído,disse.

Sérgio Chissumba, 20 anos, contou que está desde o último mês de Dezembro no país vindo da África do Sul onde vivia e trabalhava numa oficina mecânica de automóveis.

Como coincide com este processo vou me recensearnos próximos dias.Até porque preciso trabalhar. Estou sem emprego. Penso que me recenseando terei mais chances para ser contratado, disse.

Lina Nhaca, 21 anos, recenseada em 2011, disse que se senterealizada porque cumprir com uma parte dos seus deveres como jovem moçambicano.

Ainda assim confessou que se preocupou em se inscrever logo que completou 18 anos porque tinha recebido informação deque nenhum jovem com idade entre 18 a 35 anos podia requererPassaporte sem estar munido de declaração de Recenseamento Militar.

Na altura como precisasse de passaporte tive de regularizar a minha situação. Ainda não fui chamado e nem estou preocupado porque nunca me passou pela cabeça ser militar. Mas se me solicitarem vou responder ao chamamento com todo o gosto.

Sérgio Eugénio, 24 anos, recenseado há três anos, disse que quando foi recensear esperava ser chamado para ser incorporado nas fileiras da FADM.

Quando me recenseei precisava de emprego porque acabava de terminar a 12ª classe e não tinha nenhuma ocupação,disse.

Abibo Selemane

habsulei@gmail.com

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