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Ocupação de reservas deixa EDM preocupada

A Electricidade de Moçambique E.P. (EDM) apelou, recentemente, às comunidades no sentido de não ocuparem as áreas de reserva das Linhas de Transporte de Energia Eléctrica, com destaque para as de Alta Tensão, por representarem um grave perigo.

O alerta foi feito no decurso da visita que o presidente do Conselho de Administração da EDM, Gildo Sibumbe, efectuou à cidade da Matola, considerando que a negligência das pessoas que constroem debaixo das linhas de Alta Tensão, pode resultar em perdas humanas, para além de danos materiais avultados.

De acordo com o porta-voz da EDM, Luís Amado, as Linhas de Alta Tensão deviam ter uma reserva de 25 a 30 metros em cada lado, situação que é contrariada  por alguns populares que, ignorando o perigo que as torres representam, invadem as áreas reservadas às servidões da EDM e erguem no local habitações, barracas e outro tipo de infra-estruturas.

"É perigoso construir uma casa ou uma barraca por baixo de uma Linha de Alta Tensão. Se uma viatura embater acidentalmente numa Torre de Transporte, todas as infra-estruturas à volta até um raio de 5 km poderão arder e as pessoas que estiverem ao longo do trajecto correm sérios riscos de ficarem carbonizadas;  nestes casos a morte é certa", explicou o porta-voz.

Para além de residências e mercados no espaço reservado à servidão das Linhas, uma das ruas passa por meio das Torres de Transporte de Energia Eléctrica que alimentam as cidades de Maputo e  Matola, através da Subestação da Matola  e do Infulene.

Uma das torres localizada nas imediações do mercado de Malhampswene tem as cantoneiras vergadas, em resultado de um embate por um camião que grande tonelagem que passava pelo local.

"Estes incidentes podem causar prejuízos incalculáveis. Esta linha, de 275KV é, literalmente, o coração das cidades de Maputo e Matola. Se uma torre é derrubada significa que estes dois centros urbanos ficarão às escuras até à sua reposição", afirmou Luís Amado.

Em relação às vias  abertas debaixo das torres para a circulação de viaturas, Luís Amado explicou que a EDM tem optado por colocar obstáculos de betão de grande tonelagem,  para impedir a sua circulação, mas esta acção tem-se revelado infrutífera, pois, os mesmos, apesar do seu excessivo peso, são retirados passados alguns dias.

Entretanto, como forma de resolver este problema, que se verifica, praticamente por todo o País, a EDM tem estado a trabalhar em coordenação com os Governos provinciais e Conselhos Municipais, no sentido de consciencializar as comunidades sobre o perigo de se construir nas proximidades das Linhas de Alta Tensão.

"Aquando da construção das linhas, as populações foram indemnizadas e reassentadas, mas estamos a verificar que as pessoas, agora, estão a invadir as zonas de reserva. Temos quatro mil quilómetros de rede de Alta Tensão em todo o País e é, humanamente impossível, garantir vigilância em todas as zonas por onde a linha passa. Por isso, trabalhamos com os Governos provinciais e Municípios que têm prestado um apoio louvável", acrescentou.  

 

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