O candidato presidencial da Frelimo às eleições de 15 do mês corrente, Filipe Nyusi, diz que há pessoas que não gostam do seu discurso da continuidade das obras iniciadas pelos seus antecessores Samora Machel, Joaquim Chissano e o incumbente Armando Guebuza.
Por isso, Nyusi afirma como resposta que “apenas os preguiçosos têm medo de continuar com as obras iniciadas pelos outros ou por eles próprios”.
Dirigindo-se a milhares de pessoas que acorreram para participar no seu comício eleitoral que orientou ontem na vila da Manhiça, província de Maputo, Nyusi citou como exemplo o caso de uma criança que depois de concluir o primeiro grau do ensino primário é questionada o que tenciona fazer a seguir. Se a referida criança não for preguiçosa irá responder imediatamente e com firmeza “quero continuar no ensino secundário”.
Por isso, como resposta aos seus críticos, que alegam que ele estaria a comprometer a sua corrida à presidência ao afirmar publicamente que tenciona dar continuidade às obras iniciadas por Mondlane, Samora, Chissano e Guebuza, o candidato da Frelimo disse que vai ignorar este conselho envenenado porque iria causar um retrocesso ou mesmo estagnação dos visíveis avanços que eles já conseguiram e que melhoram bastante a vida de milhões de moçambicanos. Uma vida que se traduz no acesso dos seus filhos às escolas, hospitais, universidades e muitas outras facilidades que beneficiam mesmo os que andam a propalar a tese de que nada se fez ao longo dos 39 anos de Independência de Moçambique.
Na sua resposta contra todos os que tentam levá-lo a embarcar na tese de que os anteriores presidentes moçambicanos só fizeram coisas más, Nyusi advertiu aos residentes da Manhiça para se precaverem contra estes falsos profetas, dizendo que “eles poderão vir aqui na Manhiça usando estas estradas feitas pelos mesmos governos da Frelimo que eles dizem que nada fizeram, para vos fazer falsas promessas”.
